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"A guerra ainda não terminou", diz Netanyahu


Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu

Joe Biden disse que esta é a “oportunidade” para um acordo de cessar-fogo. A Vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que hoje "foi feita justiça" e que a morte de Sinwar "nos dá a oportunidade de finalmente terminar a guerra em Gaza".

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que "hoje, mostramos ao mundo a vitória do bem sobre o mal", mas frisou que "a a guerra ainda não terminou". As declarações de Netanyahu foram feitas depois de Israel confirmar a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, acusado por Israel de ser o mentor do ataque do grupo em 7 de outubro de 2023.

Numa curta declaração, o líder israelita afirmou que a morte de Sinwar é “um marco importante” no declínio do Hamas e que vão continuar "até trazermos para casa todos os reféns". "O Hamas deixará de governar Gaza."

O Primeiro-Ministro disse ainda dar uma oportunidade aos que decidam libertar os reféns: "deixamos-vos ir".

Em Israel, enquanto muitos celebram a morte de Yahya Sinwar, as famílias dos reféns detidos pelo Hamas em Gaza estão reúnidas junto ao Ministério da Defesa de Israel, em Telavive, onde disseram esperar um cessar-fogo que trouxesse os prisioneiros para casa. Durante o discurso, Netanuahu não fez qualquer referência ao cessar-fogo.

Noventa e sete pessoas permanecem em Gaza, incluindo 34 oficiais israelitas que dizem estar mortos.

Familiares e apoiantes dos reféns raptados durante o ataque mortal de 7 de outubro de 2023 protestam em Telavive
Familiares e apoiantes dos reféns raptados durante o ataque mortal de 7 de outubro de 2023 protestam em Telavive

"Está na altura do dia seguinte"

A Vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que hoje "foi feita justiça" e que a morte de Sinwar "nos dá a oportunidade de finalmente terminar a guerra em Gaza", afirmou numa declaração em Milwaukee, Wisconsin, sem direito a questões.

"Está na altura de começar o dia seguinte sem o Hamas no poder", adiantou a também candidata democrata. Harris frisou que o líder do Hamas "tinha sangue americano nas mãos" e disse esperar que as famílias dos reféns "sintam algum alívio".

A candidata democrata à presidência, Kamala Harris, fala sobre a morte do líder máximo do Hamas, Yahya Sinwar, numa batalha com as forças israelitas em Gaza, na quinta-feira, 17 de outubro de 2024, após um comício de campanha na Universidade de Wisconsin Milwaukee.
A candidata democrata à presidência, Kamala Harris, fala sobre a morte do líder máximo do Hamas, Yahya Sinwar, numa batalha com as forças israelitas em Gaza, na quinta-feira, 17 de outubro de 2024, após um comício de campanha na Universidade de Wisconsin Milwaukee.

O Presidente dos EUA Joe Biden, que se encontra a caminho da Alemanha, disse em comunicado que a morte de Sinwar é uma “oportunidade” para um acordo de cessar-fogo entre Israel e os palestinianos e que falará em breve com o Primeiro-Ministro de Israel. Biden frisou a necessidade de se terminar a guerra e de haver uma Gaza sem o Hamas no poder.

“Existe agora a oportunidade de um 'dia seguinte' em Gaza sem o Hamas no poder, e de um acordo político que proporcione um futuro melhor tanto para os israelitas como para os palestinianos”, avançou o líder norte-americano.

A morte do líder do Hamas já provocou inúmeras reações internacionais. O Presidente francês e a Ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha instaram o Hamas a libertar todos os reféns e a depôr as armas.

Outras reações chegaram de Itália e do Reino Unido. Nos Estados Unidos, os líderes da maioria democrática e republicana do senado esperam que a morte de Sinwar represente uma oportunidade para os reféns.

A guerra prossegue no Líbano, onde Israel alargou o âmbito das suas operações , e em Gaza, onde cerca de 345 000 habitantes de Gaza enfrentam níveis “catastróficos” de fome este inverno, após a redução do fornecimento de ajuda, segundo uma avaliação apoiada pela ONU.

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