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O crime organizado ... uma ameaça a paz


Num comunicado ao congresso esta semana, o secretario-geral da ONU, Kofi Annan, descreveu o crime organizado como uma ameaça principal a paz internacional e segurança no século XXI.

O comunicado de Annan apelou à comunidade internacional para ratificar e implementar as convenções das Nações Unidas contra o crime organizado transnacional e a corrupção, para alem de uma dúzia de instrumentos contra-terrorismo.

Antonio Maria Costa, director executivo do Gabinete de Drogas e Crime das Nações Unidas, afirma que a cooperação e essencial para enfrentar o crime transnacional.

“Uma maior abertura de mercados, melhores comunicações, melhorias nos transportes, contribuem para o fortalecimento das nossas economias, assim como o comportamento do crime organizado. Portanto, precisamos de medidas internacionais e a cooperação dos sistemas judiciais para enfrentarmos a internacionalização do crime.”

Um relatório ao congresso diz que enquanto progressos estão a ser feitos para lidar com o crime internacional, os países em vias de desenvolvimento parecem mais vulneráveis a actos como a corrupção e o trafico de seres humanos.

Cerca de 100 países ratificaram a convenção sobre crime das Nações Unidas, mas apenas uns poucos países ratificaram uma outra respeitante a corrupção.

Dimitri Vlassis, um coordenador das Nações Unidas, descreveu o documento como um instrumento para os países que esperam recuperar fundos do estado desviados por lideres.

“O capitulo sobre a recuperação de fundos destina-se a lidar com o grande problema de grandes quantidades de dinheiro desviadas e transferidas para o estrangeiro por lideres corruptos – como garantir que os países podem seguir e recuperar esses recursos e usa-los em proveito das suas economias.”

O terrorismo internacional faz parte também da agenda, desde um conflito separatista muçulmano no país anfitrião, a Tailândia, a atentados bombistas suicidas por insurrectos que esperam descarrilar a democratização do Iraque.

Costa disse que a implementação de uma convenção sobre terrorismo esta encalhada por não se conseguir chegar a acordo sobre uma definição do termo.

“Gostaríamos que o congresso em dedicar um momento a pensar sobre a necessidade de se chegar a acordo sobre a definição de terrorismo de modo a que a primeira convenção global das Nações Unidas contra o terrorismo possa ser uma realidade.”

O congresso das Nações Unidas, realizado de cinco em cinco anos, levou mais de 3000 delegados a capital da Tailândia, Bangkok. Os delegados estão também a discutir o crime internacional de computadores, lavagem de dinheiro, prostituição e reformas prisionais.

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