O segundo presidente da Namíbia tomou posse prometendo apoiar o legado do seu predecessor. Na cerimonia de tomada de posse em Windhoek, HIFIKEPUNYE POHAMBA, disse a milhares de apoiantes entusiasmados que ira trabalhar para a unidade, paz, segurança, estabilidade e prosperidade do pais.
Pohamba substituiu o primeiro e ate agora o único presidente da Namíbia, Sam Nujoma, que conduziu o pais à independência da África do Sul, ha 15 anos depois de uma amarga guerra de guerrilha, no território então chamado de Sudoeste Africano.
Desde então, a Namíbia tem sido uma das historias de sucesso de África, com uma democracia pacifica e uma economia florescente.
Quando entregou o poder ao seu sucessor escolhido, Nujoma afirmou que estava “profundamente honrado” em ter servido como presidente fundador da Namíbia e pediu aos namibianos para trabalharem juntos para um futuro prospero.
A Namíbia alterou a sua Constituição para permitir que Nujoma exercesse um terceiro mandato e embora tivesse indicado que gostaria de cumprir um quarto mandato, decidiu no ano passado retirar-se do mais alto cargo do pais.
Deste modo, Nujoma tornou-se o ultimo de uma serie de lideres da África Austral que deixaram a presidência mais ou menos voluntariamente, seguindo a Joaquim Chissano, de Moçambique, Bakili Muzuli, do Malawi, e Frederick Chiluba, da Zâmbia. Todos expressaram algum desejo em permanecer no cargo, mas aceitaram afastar-se depois de terem sido pressionados nesse sentido pelos seus próprios partidos.
Mas apesar de Nujoma ter deixado o cargo de presidente da Namíbia, espera manter um papel activo na política. De facto, Sam Nujoma vai continuar a liderar o partido governamental SWAPO ate pelo menos 2007.
O novo presidente da Namíbia, Pohamba, e um amigo de longa data do seu predecessor. Os dois homens foram os co-fundadores da SWAPO em 1960. Analistas afirmam que Pohamba manteve sempre um menor perfil do que o seu carismático companheiro, mas agora como presidente estará no centro das atenções.
Pohamba obteve 75 por cento dos votos nas eleições de Novembro e o seu partido SWAPO ira dominar o parlamento. Vários dos pequenos partidos da oposição da Namíbia desafiaram os resultados das eleições, citando irregularidades e a disputa forcou a uma recontagem dos votos. Na semana passada, o Supremo Tribunal aprovou os resultados eleitorais apesar dos protestos da oposição.
Pohamba, um antigo ministro da Administração Rural, afirmou que tenciona acelerar a reforma agraria na Namíbia onde a propriedade da terra esta enormemente na posse da minoria branca do pais. Pohamba sublinhou contudo que a Namíbia não ira seguir um programa de reforma agraria ao estilo do Zimbabwe, apesar dos dois países manterem laços estreitos. O presidente Pohamba disse que a Namíbia compensara os proprietários de terras brancos de uma forma satisfatória pró-cada área de terra que for redistribuída a negros.
Mas o primeiro desafio de Pohamba será o de reunificar o seu próprio partido, a SWAPO, que se fraccionou durante a luta para decidir quem seria o sucessor de Sam Nujoma.