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sistemas de alerta mundial  - 2005-01-14


No âmbito da visita efectuada a alguns dos países atingidos pelo Tsunami, o secretario geral das Nações Unidas, Koffi Annan alertou ontem para a necessidade de criação de sistemas de alerta mundial para os vários desastres naturais e da subida do nível do mar, causado pelo fenómeno do aquecimento global.

Falando perante os participantes da conferencia dos estados insulares a decorrer desde a passada segunda feira nas ilhas Mauricias no indico e que hoje termina, Annan advertiu que o mundo carece de sistemas de alerta global não apenas para os fenómenos do género do tsunami que devastou a costa de alguns países no Oceano Indico como também para prever as demais ameaças naturais, nomeadamente tempestades , ciclones e a subida do nível do mar.

A Agencia para o Ambiente das Nações Unidas, a Unep advertiu que perante uma eventual subida do nível do mar, grandes proporções de terra da costa das ilhas Maldivas, poderia ficar submersa nos próximos 30 anos e desaparecer completamente ate o ano 2100.

A este propósito, o secretario geral da ONU, exortou aos conferencistas a adopção de medidas para se fazer face as mudanças climatéricas globais.

De acordo com Koffi Annan tornou-se fácil imaginar o que sucederia ante uma eventual subida do nível do mar, algo que por sinal os grandes cientistas mundiais vêem prevendo, como consequência do fenómeno do aquecimento global.

Num exercício de identificação dos novos problemas a que os chamados pequenos estados insulares fazem face, Annan evocou a epidemia da Sida que ganhou proporções alarmantes entre os ilhéus, sobretudo da região caribenha que neste aspecto e apenas superada em números de casos de adultos infectados pela doença, pela região sub saariana de África.

O secretario geral das Nações Unidas, garantiu por outro lado que a ONU vai continuar a manter os problemas das ilhas e dos estados insulares na lista das prioridades da sua agenda internacional.

Representantes de quarenta nações-ilhas ou países com uma faixa costeira baixa da África, Caraíbas, América Latina, Ásia e Pacifico que integram a Aliança dos Pequenos Estados Insulares, OASIS, encontram-se desde a passada segunda feira reunidos na capital das ilhas Mauricias, Port Louis no quadro de uma conferencia internacional que termina hoje e que foi convocada para a revisão do programa de acção de desenvolvimento sustentável dos pequenos Estados insulares, aprovado em 1994, na conferência de Barbados.

De recordar que quatro países falantes da língua portuguesa, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste integram a organização.

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