A porta-voz do Programa Alimentar Mundial, Laura Mello, descreveu à VOA como a sua agência está a distribuir ajuda em Hafun, uma ilha a norte da Somália, particularmente atingida pelo sismo e maremoto na Ásia.
“Para chegar a Hafun a partir de Nairobi, temos que voar até Bossasso, uma cidade portuária. Dali vamos por estrada -- e a jornada por estrada leva provavelmente todo o dia. Os camiões conseguem ir até Foar, e os últimos 60 a 70 quilómetros temos que os fazer de jeep, e nós apenas temos dois jeeps capazes de fazer aquele terreno. Estes últimos quilómetros levam sete a oito horas a fazer até chegarmos, finalmente, a Hafun.
Palavras de Laura de Mello do PAM a qual diz, também, que muitas estradas para Hafun e para outras partes afectadas da Somália se encontravam já em péssimas condições, e que agora estão piores.
Até agora o PAM enviou 277 toneladas métricas de alimentos para acudir a 17 mil pessoas na costa de Puntland. Mas, devido às dificuldades logísticas, apenas 98 toneladas foram de facto distribuídas entre cinco mil e 200 pessoas.
Laura diz, por outro lado, que a sua agência está a procurar formas de ultrapassar os problemas logísticos.
“Vamos enviar uma missão de avaliação para verificar as pistas perto das áreas afectadas e ver se conseguimos colocar os nossos funcionários o mais perto possível. Mas quanto ao transporte da ajuda, isso continua a ser um problema.
O PAM estima que precisará alimentar cerca de 30 mil pessoas, nos próximos seis meses, e lançou um apelo a que lhe sejam concedidos 2,8 milhões de dólares para o efeito.
Hafun e as áreas costeiras de Puntland foram as que mais sofreram, em Africa, com o recente sismo e maremoto na Ásia.
Para já os números apontam para que 200 pessoas tenham morrido na Somália, mais de 150 tenham ficado feridas e milhares encontram-se desalojadas.