O presidente Putin assinou o protocolo poucos dias após as duas câmaras do Parlamento russo terem ratificado formalmente o acordo, exigindo dos países industrializados a reduzir gradualmente as emissões de gases. Putin vai notificar as Nações Unidas sobre a decisão, data a partir da qual o protocolo entra em vigor num prazo de 90 dias.
A aprovação do tratado ocorre mau grado a oposição dos Estados Unidos e da Austrália, as únicas nações industrializadas a retirarem do acordo.
Segundo estes países o protocolo ira prejudicar o crescimento económico exemptando injustamente países industrializados como a Índia e a China.
Alguns políticos russos utilizaram os mesmos argumentos de oposição, mas Moscovo ficou sob enorme pressão da União Europeia, que suporta abertamente o acordo.
Um incentivo importante registou-se em Maio passado quando os dirigentes a União Europeia prometeram apoio à adesão da Rússia na Organização Mundial do Comercio, no caso de Moscovo subscrever o protocolo de Kyoto.
A Rússia terá a possibilidade de vender os denominados créditos de emissões a outros países cujas emissões de dioxido de carbono que excedam os limites.
A Rússia constitui um ponto de sucesso para o protocolo, já que a aprovação de Moscovo pois significa que o acordo conta com o apoio pelas nações responsáveis por mais de 55 por cento dos gases de estufa.
O protocolo de Kyoto estipula que as nações industrializadas têm de ate ao ano de 2012 reduzir as emissões para cinco por cento menos dos índices existentes em 1990.
Os cientistas mundiais estão, em geral, de acordo que os gases das fabricas e em especial das viaturas automóveis ficam na atmosfera terrestre, conduzindo ao aumento global das temperaturas.
Vários estudos apresentam os níveis dos mares a aumentar a medida em que descongela o gelo das regiões polares, criando enormes problemas para as ilhas nações, bem como as zonas costeiras mundiais.
Existem, no entanto, cientistas que contestam estas analises, sustentando ser necessário realizar maior trabalho de pesquisa.