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Número dos refugiados declinou - 2004-06-17


A Agência das Nações Unidas para os Refugiados afirma que o número dos refugiados declinou em todas as cinco regiões do mundo, sendo a África Ocidental a única onde o número dos desalojados registou um aumento ligeiro. A agência atribui o declínio a vários factores, entre os quais, os esforços da comunidade internacional no sentido de encontrar soluções para milhões de pessoas deslocadas pelo mundo.

O porta-voz das Nações Unidas, Peter Kessler, afirma que o facto deve-se a conjunção dos esforços da agência e doutras organizações internacionais no sentido de assegurar que os refugiados que regressam às suas casas não continuem a depender da ajuda internacional, mas que busquem a ajuda nas suas próprias sociedades, nos seus governos e agências internacionais de desenvolvimento.

É encorajante, disse o porta-voz da agência das Nações Unidas, que grupos de refugiados estejam a regressar, sobretudo os afegãos, que voltam às suas terras apesar de estarem seriamente preocupados pelos problemas de segurança no Afeganistão, antes do período eleitoral, caso que se aplica também ao Iraque, onde mais de 120 mil iraquianos, entre os 11 mil dos que se encontravam ao cuidado das Nações Unidas, regressaram voluntariamente, apesar da situação da instabilidade no país.

As estatísticas das Nações Unidas mostram que o grupo afegão, de cerca de 650 mil refugiados, dos mais de dois milhões em 74 países, continua a ser o maior grupo dos repatriados, seguidos dos sudaneses e burundeses.

O estudo das Nações Unidas diz ainda que grandes números de refugiados regressaram também a Angola, entre os seis países africanos que produziram um total de 15 mil novos refugiados o ano passado.

Quanto aos países de asilo contaram - se em 2003, entre os 5 mais importantes, o Paquistão, o Irão, a Alemanha, a Tanzânia e os Estados Unidos, países esses em que o numero dos refugiados declinou entre 2 e 25 por cento, e a decrescer.

Peter Kessler adianta que, claramente, a assinatura dos acordos de paz entre os combatentes do Sul do Sul e o governo de Kartoum para pôr fim ao conflito sudanês poderá também contribuir para o regresso de centenas de milhar de pessoas para as suas casas, encorajadas pela nova estabilidade no país.

Todavia, afirma Peter Kessler ser prematura a expectativa em vista da luta e da crise humanitária crescente na região do Darfur e no Sudão Ocidental, donde cerca de 160 mil pessoas fugiram para o vizinho Chade.

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