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Uso de telemóveis em África - 2004-05-06


Um estudo a nível do continente africano foi realizado pela União Internacional das Telecomunicações, sediado em Genebra, uma organização ligada às Nações Unidas, que coordena os serviços globais de comunicações.

A porta voz da organização, Vanessa Gray, revelou que o estudo demonstra que o uso de telemóveis em África conheceu um índice de crescimento anual de 65 por cento, nos últimos cinco anos, ou seja o dobro da média mundial.

O ano passado cerca de 13 milhões de africanos tornaram-se subscritores de telemóveis, elevando assim o numero total de subscritores no continente para cerca de 52 milhões.

Gray precisa que o aumento surpreendeu até mesmo os mais optimistas.

Segundo ela é importante ver o contraste com o mercado de linhas fixas, que em 2003 atingia os 25 virgula um milhões. Uma das principais razões para o êxito é na realidade a ausência de linhas telefónicas fixas.

Gray destaca que o mercado africano de telemóveis beneficiou de vários factores. Um numero de países introduziu reformas, possibilitando aos principais fornecedores de serviço africanos, como a Orascom do Egipto, e a Vodacom da África do Sul, lutar pela partilha do mercado e fazer descer os preços.

Segundo Vanessa Gray muitos países liberalizaram os mercados e introduziram a concorrência, o que aliado a um numero de investidores em África contribuiu para o conhecimento e a experiência da forma como operam os serviços móveis.

Outro factor reside na existência de cartões pré pagamento o que lhes permite não ter de subscrever pelo serviço.

O estudo demonstra que um dos mercados de telemóveis de maior crescimento em África é o da Nigéria, que nos anos recentes abriu o mercado de telecomunicações a uma intensa competição de investimento.

Países que apresentam um reduzido crescimento incluem o Congo Kinshasa, a Republica Centro Africana e o Burundi.

Num continente onde vivem as populações do mundo mais pobres, os observadores vem o crescimento dos telemóveis e dos serviços vai depender da estabilidade política, e não da acessibilidade.

O próximo grande desafio para os fornecedores dos serviços de telemóveis reside na capacidade de chegar às zonas rurais , onde milhões de pessoas ainda não possuem rendimentos para os serviços básicos, como a electricidade e a água corrente.

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