A mensagem que os empresários em África receberam na conferencia sobre comercio em Nairobi e clara: organizem-se e envolvam-se na próxima ronda de negociações sobre comercio global.
O director executivo do Centro Internacional de Comercio, Denis Belisle, afirmou que os empresários em África devem seguir as pisadas dos seus colegas dos países desenvolvidos.
“O comboio esta de novo em movimento e vocês querem fazer parte desses comboios. Os vossos colegas do norte fazem muito daquilo que chamamos de apoiar o desenvolvimento económico. Alguns de vocês no sul fazem-mo. Mas muitos mais devem-no fazer.”
O director-geral adjunto da Organização de Comercio Mundial, Kipkorir Rana, disse que o empresariado tem um grande papel a desempenhar nas conversações sobre comercio global.
“Ultimamente, o que temos visto ser levado nível internacional através do sistema de comercio multilateral deve ser analisado não de uma forma menor sobre como ajudar os negócios a florirem”, precisou Rana
A confrontação entre os países pobres e ricos sobre tais assuntos como subsídios aos agricultores e altas tarifas de importação fez subir de tom a ronda de conversações sobre comercio mundial em Doha.
Leslie Rowe, uma diplomata americano em Nairobi, avisou os governos africanos de que tanto os países desenvolvidos como os subdesenvolvidos tem de concordar na remoção das barreiras comerciais.
A diplomata disse que quem ler um jornal fica ao par das distorcidas políticas de comercio dos Estados Unidos, ou seja, os Estados Unidos estão preparados para seguir em frente com essas políticas e programas que os seus críticos condenam, mas Washington não pode fazer isso unilateralmente.
Leslie Rowe acrescentou que Washington esta desejosa de desistir dos subsídios aos agricultores americanos se os produtores americanos tiverem um maior acesso aos mercados estrangeiros.
O ministro do Comercio do Quénia, Mukhisa Kituyi disse que os países africanos devem mostrar flexibilidade nas conversações sobre comercio e não simplesmente endossar cada proposta feita pelos países desenvolvidos. Adiantou que as regiões devem definir as suas prioridades, como fizeram a China e a Índia ao pressionarem pelo levantamento das quotas de têxteis.
A conferencia financiada pelos Estados Unidos e a primeira de uma serie destinada a recolher os pontos de vista dos empresários antes das negociações de Doha.