Imagens do Egipto antigo apresentam os olhos dos faraós e dos sacerdotes pintados de preto. Parece que a maquilhagem não apenas decorava os olhos, como ainda servia de protecção contra infecções.
Pesquisadores franceses indicam que o uso de forte maquilhagem nos olhos usada pela realeza Egípcia tinha uma forte componente medicinal. Foram examinadas 52 exemplares do que pode ser considerado destaque das antigas caixas egípcias de maquilhagem, conservadas no museu do Louvre em Paris.
Descobriram que duplicava o combate à infecção por que a fórmula incluía quatro substâncias diferentes tendo por base o chumbo. Embora o chumbo seja reconhecido hoje que o chumbo é uma substancia altamente tóxica e o seu uso tenha sido proibido em tintas e nos combustíveis para automóveis, as pequenas quantidades presentes nos cosméticos egípcios funcionam como um antibiótico.
Segundo Neal Langerman, um especialista em saúde química e segurança que analisou o estudo, os cosméticos com base de chumbo quando formulados correctamente, protegidos os utilizadores de infecções nos olhos.
Por certo os farmacêuticos egípcios de antigamente não sabiam que a maquilhagem matava as bactérias, nem que os compostos com base de chumbo podiam levar o sistema imunitário a combater a doença.
Os pesquisadores franceses descobriram que ao introduzir os cosméticos antigos em culturas de células humanas num tubo de ensaio, os químicos quase quadruplicavam a produção de células de ácido cítrico – um agente chave para assinalar ao corpo no sentido de aumentar as defesas imunitárias.