A França está mais próxima de proibir o uso do véu que cobre toda a cara de uma muçulmana, depois da publicação de um estudo que recomenda a proibição ao seu uso em certos lugares públicos.
O estudo de uma comissão parlamentar nomeada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e composta por deputados da direita e da esquerda, pede a proibição do uso do véu completo nas escolas, hospitais, edifícios governamentais e transportes públicos. O estudo recomenda negação de residência e cidadania a quem exiba sinais de práticas religiosas radicais. Mas não recomenda uma proibição geral do uso do véu em espaços públicos, como a rua.
O deputado comunista Andre Gerin, que presidiu à comissão, diz que os membros condenaram por unanimidade o uso do véu na cara. Segundo o deputado afirmou o que se esconde por detrás deste véu completo são, citamos" práticas escandalosas, como fundamentalismos religiosos que são contrários aos valores franceses."
O estudo é parte de um coro crescente para proibir o uso do véu, por vezes chamado de niqab outras por burqa. Alguns legisladores do partido de Sarkozy queriam uma lei que proibisse o uso do véu, mas o presidente defendeu apenas uma resolução parlamentar menos restritiva.
Os críticos da ideia, incluindo deputados socialistas, grupos dos direitos humanos e membros da comunidade muçulmana francesa de quase seis milhões, argumentam contra a proibição. Particularmente porque menos de duas mil mulheres usam o véu total em França, isto segundo estimativas do próprio governo.