Em Cabinda, a FLEC- Posição Militar a facção dos independentistas, liderado por Rodrigues Mingas tornou publico um comunicado no qual denuncia o que considera de acções concertadas de repressão e de perseguição de membros da população civil, acusados de serem membros da FLEC e de envolvimento no ataque da passada sexta feira, que alvejou a delegação desportiva do Togo.
No comunicado a que a VOA teve acesso, aquela facção independentista cita o caso de cinco jovens, civis, residentes da aldeia de Thiminzi na fronteira comum com o Congo Brazaville, detidos por soldados angolanos na localidade de Tchiamba Nzassi.
Ainda segundo aquela facção separatista, o corpo de dois dos jovens, identificados como sendo Nombo Armando e Ngoma Joseph, seriam mais tarde encontrados em avançado estado de decomposição.
O comunicado não precisa entretanto nem as circunstancias nem o local da descoberta dos corpos e não foi possível obter de fonte independente, a confirmação da denúncia daquela facção independentista.
Entretanto, em declarações à VOA, Nzita Tiago, líder do FLEC- Forças Armadas Cabindas, organização que também reivindicou o ataque da passada sexta feira, denunciou o que considera igualmente de acções intimidatórias contra elementos da população civil, naquela província angolana.
De salientar que na sequencia do ataque reivindicado pelos independentistas, a polícia angolana anunciou recentemente a detenção de duas pessoas naquele enclave angolano.
As prisões foram na altura confirmadas pelo procurador da província de Cabinda, António Nito.
Recorde-se que a equipa de futebol do Togo foi alvo, na sexta-feira, de um ataque a tiro perpetrado pelas forças separatistas de Cabinda quando entrava no enclave pela fronteira com o Congo para participar na Taça das Nações Africanas 2010, que se realiza em Angola.
No ataque, morreram o treinador-adjunto e o adido de imprensa da equipa e ainda o condutor angolano do autocarro.