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Clinton Apela à Calma e Diálogo nas Honduras


A secretária de Estado, Hillary Clinton, e o presidente da Costa Rica, Óscar Arias, apelaram para a calma e o diálogo nas Honduras, depois do surpreendente regresso ao país do derrubado presidente Manuel Zelaya. Clinton encontrou-se em Nova York com Arias que tem estado a mediar por uma solução pacífica para a crise naquele país da América Central.

O dramático regresso de Zelaya dominou o encontro sobre as Honduras entre a secretária de Estado americana e o presidente costa-riquense, tendo ambos expressados a esperança de que a última ronda de acontecimentos não conduza à violência.

Manuel Zelaya, eleito democraticamente presidente das Honduras, foi preso pelos militares e deportado há três meses numa disputa sobre os seus esforços para realizar um referendo que lhe permitisse continuar no poder para além do final do seu mandato, que termina em Janeiro.

Embora funcionários em Tegucigalpa defendam que o derrube de Zelaya e a sua substituição por Roberto Micheletti, como presidente interino, tenha sido legal, os Estados Unidos e outros países membros da Organização dos Estados Americanos disseram que se tratou de um golpe de estado e a administração Obama suspendeu a maior parte da ajuda às Honduras.

Num encontro com jornalistas, o secretário de Estado adjunto para os Assuntos Públicos, P.J. Crowley, disse que os Estados Unidos tinham advertido o deposto presidente hondurenho a não regressar ao país sem haver um acordo negociado. Mas, afirmou, agora que ele regressou, os Estados Unidos apelam a todos os envolvidos a mostrarem moderação.

"A situação real é o que está a acontecer agora. A secretária de Estado tornou claro que isso aconteceu, agora é tempo para o diálogo; agora é tempo para ambas as partes assinarem os acordos de São José e passarem ao processo de formar um novo governo até às eleições e restaurar a ordem democrática e constitucional."

Crowley afirmou que o embaixador dos Estados Unidos nas Honduras, Hugo Llorens, tinha falado com Zelaya que, se refugiou na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa depois do seu regresso em circunstâncias inexplicáveis.

Os Estados Unidos apoiam fortemente o plano do presidente Arias – os acordos de São José – segundo o qual Zelaya regressaria ao poder para cumprir o restante do seu mandato presidencial, enquanto aquele que o derrubaram seriam amnistiados.

Mas o governo de facto de Micheletti tem recusado considerar qualquer acordo que permita Zelaya regressar ao poder.

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