O presidente Barack Obama disse quarta-feira no Congresso ser tempo de colocar de lado a dura retórica e aprovar a lei de reforma do sistema de saúde.
Durante um discurso perante uma sessão conjunta do Congresso, Obama atacou os críticos por espalharem informações incorrectas sobre as suas propostas, incluindo acusações de que iria criar “painéis da morte” que determinariam os cuidados de saúde para os doentes e idosos.
O presidente Obama forneceu pormenores da sua proposta de 900 mil milhões de dólares que incluem uma opção de seguro de saúde governamental para competir com as seguradoras privadas.
No seu discurso, Obama evocou o espírito do falecido senador Edward Kennedy, referindo-se a uma carta que ele lhe escreveu afirmando estar confiante de que o presidente Obama iria assinar a lei da reforma do sistema de saúde, um assunto que Kennedy descreveu como a causa da sua vida e a “grande empresa inacabada” da sociedade americana.
Entretanto, o congressista republicano Joe Wilson, da Carolina do Sul, apresentou publicamente as suas desculpas por ter chamado em voz alta mentiroso ao presidente Obama quando ele discursava no Congresso.
Wilson qualificou a sua atitude de “inapropriada e lamentável”, disse ter perdido o controlo das suas emoções e pediu desculpa ao presidente por aquilo que classificou por “falta de civilidade”.
O senador republicano John McCain, depois do discurso, numa entrevista a cadeia de televisão CNN, classificou a atitude do seu correligionário para com o presidente Obama de “totalmente desrespeitosa”.