Os 15 líderes da SADC terminaram uma cimeira de dois dias em Kinshasa, na República Democrática do Congo, tendo manifestado apoio pelos esforços para mediar confrontações políticas em vários países membros. A crise do Zimbabué foi delegada para uma comissão especial.
Líderes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral terminaram esta terça-feira uma cimeira expressando apoio para que seja posto fim à crise no Zimbabué e indicando que as restantes disputas no âmbito do governo de unidade nacional poderia ser analisada por um painel reduzido de chefes de Estado.
O Movimento Democrático para a Mudança, liderado pelo primeiro-ministro Morgan Tsvangirai tinha apelado para uma cimeira especial da SADC para analisar o que foi designado por centenas de violações do acordo de partilha de poder assinado no ano passado pela ZANU-PF, o partido do presidente Robert Mugabe.
Durante a cimeira, Tsvangirai admitiu perante os jornalistas que uma "troyka" para a Política, Defesa e Segurança tem capacidade para abordar a questão: "É muito importante sublinhar que a SADC está empenhada nesta questão. E, se três pessoas podem resolver a questão, porquê então convocar uma cimeira de 14 chefes de Estado para debater uma questão que é apenas para ser acompanhada? Eu estou completamente convencido que eles estão igualmente preocupados e que vão enfrentar a questão."
Mas, Morgan Tsvangirai adiantou que é urgente a concretização completa do acordo de partilha de poder: "O povo do Zimbabué quer ver estas questões pendentes resolvidas para que possam avançar para o futuro com esperança. O que tem vindo a acontecer é que estas questões têm vindo a arrastar-se e as pessoas começam a ter dúvidas. Nós não queremos que os zimbabueanos estejam em dúvida. Queremos que sintam que esta é a direcção que o país está a tomar. Querem reconstruir as suas vidas e querem começar de novo."
Os líderes da SADC manifestaram, também o seu apoio aos esforços de mediação relativamente a Madagáscar, Lesotho e da região do Kivu, no Leste do Congo.