Uma organização não governamental sediada aqui em Washington sustenta que o continente africano possui culturas que os especialistas consideram perdidas para as pesquisas modernas.
O Conselho de Pesquisa Nacional usa a expressão "perdida" no contexto de que as plantas não foram estudadas e desenvolvidas por cientistas para avaliar dos seus benefícios.
Se fossem analisadas e utilizadas na sua potência máxima estas culturas poderiam melhorar a produtividade agrícola, fornecer volumes estáveis de alimentos e aumentar os rendimentos das áreas rurais.
O Conselho de Pesquisa Nacional publicou três livros para aumentar a compreensão dos cereais, vegetais e frutos africanos.
Um dos elementos envolvido neste projecto é Jane Guyer, professora de antropologia da Universidade de Johns Hopkins em Baltimore, no estado de Maryland.
Jane Guyer é especialista em África em particular no estudo dos sistemas de produção e distribuição no continente africano.
Jane Guyer adianta que a expressão perdida realmente tem a ver com o conhecimento e o investimento financeiro que tem sido perdido por que as culturas, não têm sido estudadas adequadamente.
Ao contrário do cacau e do café, por exemplo, adianta que nunca foram cultivadas para comércio internacional.
"São mercados regionais, sendo por africanos para africanos, e não existiu incentivo por parte dos governos coloniais para investir nestas culturas por que não iriam atrair vantagens em impostos. "
Durante as décadas de 80 e de noventa o valor do investimento na Agricultura africana estagnou numa altura em que era realmente necessário ter sido aumentada face rápido crescimento urbano, e se assistiam aos primeiros efeitos da alteração climática, com a ocorrência de secas e varias alterações ecológicas.
Voltaremos para continuar a falar das Culturas Perdidas do continente africano.