Em Itália, arrancou a Cimeira dos Oito com a presença dos líderes das potências mais poderosas do mundo para debater questões relacionadas com a recessão global, a segurança regional, a situação no Irão, a fome no mundo e a ajuda aos países desenvolvidos.
Os líderes mundiais chegaram à pequena cidade medieval de L´Aquila, no centro de Itália, e a primeira ordem de trabalho foi serem confrontados com aquela zona que foi atingida por um poderoso terramoto, há alguns meses e que ainda mostra sinais de devastação generalizada.
A chanceler alemã, Angela Merkel visitou a aldeia de Onna, que foi quase totalmente devastada pelo terramoto. O presidente Barack Obama visitou o centro de L´Aquila, também seriamente danificado e colocado fora do alcance dos residentes locais, por se considerar a zona insegura.
Perto de 300 pessoas foram mortas na sequência do terramoto e dezenas de milhar de outras ficaram desalojados. Aquela área ainda está a experimentar fortes réplicas, mas as autoridades italianas estão em crer que os líderes mundiais estão seguros, mas não têm um plano de emergência, caso haja uma emergência.
Durante as conversações ao nível da cimeira, a crise económica mundial vai ser um dos principais tópicos na agenda.
Funcionários da ONU e de agências de ajuda internacional afirmam que as questões relacionadas com a fome no mundo, a segurança alimentar a ajuda ao desenvolvimento necessitam de atenção urgente.
Um relatório recente elaborado pela Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação, a FAO, disse existir um aumento da fome e da malnutrição no mundo. O chefe da FAO, Jacques Diouf, disse à VOA que aquelas questões têm que ser debatidas: "Este relatório mostra que, devido à crise económica e financeira, o número de pessoas com fome, tendo aumentado em 105 milhões de pessoas, em 2009."
O relatório da FAO afirma que mais de mil milhões de pessoas estão sofrem da fome e da malnutrição. Jacques Diouf diz ainda que os líderes dos G-8 deveriam cumprir as promessas feitas anteriormente: "Eles destinaram 17 por cento da ajuda oficial ao desenvolvimento à agricultura, não num ano e vai levar tempo."
As agência de ajuda têm criticado algumas das nações dos G-8, entro as quais a Itália, por não cumprir as promessas feitas no passado.
Entre outras questões em debate na Cimeira de L´ Aquila, inclui-se as mudanças climáticas, a segurança regional e a situação no Irão.
O presidente da China, Hu Jintao, não vai participar na cimeira, tendo decidido regressar a casa devido aos distúrbios étnicos na Província de Xiajiang, no nordeste da China.
