A China elogiou a sua parceria estratégica com a Rússia, mas afirma esperar intensificar o diálogo para resolver problemas não especificados no relacionamento.
Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, na quinta-feira, elogiou as relações do seu país com a Rússia.
Qin disse que a China está na disposição de dar as mãos à Rússia para fazer avançar as relações bilaterais, especialmente tendo em vista um panorama que descreveu como "uma situação internacional complicada".
Estes comentários surgem numa altura em que o presidente Hu Jintao terminou uma visita de três dias à Rússia. Jintao começou por participar em reuniões na Rússia central sobre a Organização de Cooperação de Xangai e uma cimeira do chamado BRIC, que agrupa o Brasil, a Rússia, a Índia e a China.
Na quarta-feira, Hu Jintao reuniu-se, e, Moscovo, com presidente da Rússia.Em Pequim, o porta-voz do MNE reconheceu persistirem problemas no relacionamento bilateral.
Qin afirma que a China está na disposição de respeitar o que designou por "espírito de coordenação estratégica" para intensificar o diálogo e a cooperação com o objectivo de resolver os problemas existentes.
Aquele porta-voz não forneceu pormenores mas, recentemente, notícias publicada na imprensa chinesa têm centrado a sua atenção numa disputa sobre o preço que a China deveria pagar para importar gás natural da Rússia.
Em Outubro do ano passado, os dois países resolveram oficialmente uma das suas mais controversas disputas territoriais: a demarcação da sua fronteira comum com um comprimento de quatro mil e 300 quilómetros. A Rússia devolveu 174 quilómetros quadrados de uma zona largamente desabitada do território chinês, território que tinha sido conquistado pela Rússia durante uma escaramuça fronteiriça, em 1929.
O porta-voz chinês adiantou que, apesar de alguns problemas ainda em aberto, os dois países tem pontos de vista muito similares sobre as principais questões internacionais e regionais de interesse comum.
