Na Guiné Bissau fontes dos serviços secretos indicaram que as forças de segurança mataram um candidato presidencial que afirmam estava envolvido numa tentativa de golpe de Estado.
Uma declaração divulgada pelo serviço de Informação refere que a polícia matou o candidato Baciro Dabó e o antigo ministro da Defesa, Helder Proença.
As autoridades indicaram que Proença, Dabó e duas outras individualidades estavam a planear um golpe de estado.
O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon manifestou desapontamento pelo caso e pediu uma investigação credível e transparente a situação e que não seja permitido que interfira com as próximas eleições presidenciais.
Membros da família de Baciro Dabó indicaram que indivíduos envergando uniformes militares irromperam na casa de Dabó durante a madrugada matando-o a tiro.
Uma declaração emitida pelo serviço de Informação da Guiné Bissau adianta igualmente ter sido morto o antigo ministro da Defesa, Helder Proença que foi igualmente abatido a tiro.
Segundo estas fontes, Proença estaria a planear um golpe de estado com Dabó e outras individualidades, e o antigo ministro foi morto quando resistiu a detenção.
Dabó desempenhou vários cargos ministeriais e tinha sido um aliado próximo do antigo presidente Nino Vieira, concorrendo ao sufrágio presidencial marcado para o próximo dia 28.
As eleições destinam-se a substituir Nino Vieira, que foi assassinado na sua residência no passado dia 2 de Março, numa aparente retaliação pelo ataque, que matara horas antes, o então chefe do Estado Maior do Exército.