O presidente americano, Barack Obama afirmou que o Mundo deve fazer frente à Coreia do Norte no momento em que a comunidade internacional reage ao teste nuclear levado a cabo pela Coreia do Norte, no domingo.
Obama afirmou que o programa nuclear da Coreia do Norte constitui uma grave ameaça à paz e à segurança no Mundo. Referindo-se ao teste nuclear, o presidente americano considerou-o como uma violação descarada da lei internacional.
Por seu lado, o chefe do estado-maior das forças armadas americanas, almirante Michael Mullen, declarou que este teste não constituía uma surpresa e que se inseria na crescente beligerância de Pyongyang.
Entretanto, o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se para debater a resposta ao teste nuclear norte-coreano.
A Coreia do Sul quer uma resposta forte por parte do Conselho de Segurança da ONU em resposta à mais recente experiência nuclear da Coreia do Norte, a qual foi qualificada pelos EUA como um desafio directo e irresponsável à comunidade internacional. Um comunicado da Casa Branca classifica o teste da Coreia do Norte como "uma questão muito preocupante" que " exige acção por parte da comunidade internacional". A Coreia do Sul irá cooperar de perto com os EUA na preparação de uma resposta concertada.
O porta-voz presidencial da Coreia do Sul, Lee Dong-kwan classificou o teste nuclear da Coreia do Norte, efectuado na segunda-feira, como "uma grave ameaça à paz e à estabilidade da Península Coreana".
Afirma Dong-kwan que a Coreia do Sul irá cooperar com os EUA, com o Japão, a China e a Rússia na busca de uma resposta por parte do Conselho de Segurança da ONU.
Anteriormente, pouco depois de ter sido sentido um abalo sísmico da magnitude de 4,5 na escala de Richter no Nordeste da Coreia do Norte, uma fonte oficial do governo de Pyongyang confirmou ter sido efectuada uma experiência nuclear.
Um locutor da rádio oficial norte-coreana anunciou que o seu país realizou mais uma experiência nuclear, "demonstrando o que Pyongyang considera " dissuasão nuclear de auto-defesa" perante o mundo inteiro.
Esta é a segunda experiência nuclear levada a cabo pela Coreia do Norte. Cientistas afirmam que o teste teve lugar próximo do local onde a Coreia do Norte realizou a sua primeira experiência, em 2006. Este teste provocou condenação internacional, bem como a aprovação de uma resolução de condenação por parte do Conselho de Segurança.
Mas, esta última experiência não constituiu uma completa surpresa. No mês passado, a Coreia do Norte havia advertido que iria efectuar mais experiências nucleares, depois do Conselho de Segurança ter condenado o seu lançamento de um míssil de longo alcance. Desde então, expulsou inspectores internacionais e anunciou a sua retirada permanente das conversações multi-nacionais destinadas a pôr fim aos seus programas nucleares. O Norte disse também que iria retomar o processamento de derivados de material produzido a partir de combustível nuclear consumido.
Lee Jung-hoon, professor de ciência política da Universidade de Yonsei, de Seoul, afirma que a Coreia do Norte terá provavelmente levado por diante o teste por sentir que não tem nada a recear.
Lee afirma que o lançamento, pela Coreia do Norte, em Abril, de um rocket de longo alcance não gerou sanções por parte do Conselho de Segurança, apenas uma advertência. Na opinião de Lee, isso terá, provavelmente, encorajado o Norte a não levar com seriedade os EUA e os seus parceiros.
