O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados disse que mais de 34 mil pessoas fugiram da capital somali desde a semana passada devido aos combates que ali se registam.
Aquela agência da ONU disse que pelo menos 135 pessoas morreram e mais de 400 outras ficaram feridas desde que se reacenderam os combates entre forças governamentais e rebeldes islâmicos a 7 de Maio.
A ONU lançou um apelo internacional para alimentos e outros tipos de ajuda, incluindo ajuda médica.
Hoje registava-se calma na capital mas a deterioração da situação levou o governo somali a remover ontem o comandante das suas forças militar o general Said Mohamed Hersi.Hersi foi substituído pelo vice comandante da policia.
O governo controla actualmente apenas algumas estradas e instalações chave com a ajuda de cerca de quatro mil soldados da União Africana.
Ontem os Estados Unidos acusaram a Eritreia de alimentar a violência na Somália. Um porta-voz do departamento de estado disse que a Eritreia tem desempenhado um papel vital em ajudar rebeldes na Somália a levarem a cabo os recentes ataques.
Nigéria: militantes declaram guerra total
Na Nigéria, o principal grupo militante na região petrolífera do delta do Níger declarou uma guerra total naquela zona do país.
O grupo rebelde Movimento para a Emancipação do Delta do Níger afirma que tomou essa decisão depois das forças armadas nigerianas terem desencadeado ataques aéreos indiscriminados na região matando na sua maior parte mulheres e crianças.
Residentes na região confirmaram que se registaram novos confrontos. Por seu turno um porta-voz militar nigeriano afirmou que as forças armadas estavam a levar a cabo operações na área sem contudo entrar em mais pormenores.
Birmânia: líder da oposição aguarda julgamento
O advogado de Aung San Suu Kyi insiste em que a dirigente da oposição não violou a detenção domiciliária enquanto as autoridades militares da Birmânia se preparam para a apresentar a julgamento na próxima segunda feira.
A dirigente pró democracia de 63 anos de idade foi acusada em relação a um incidente bizarro no qual um cidadão americano atravessou um lago a nado para entrar em casa da prémio Nobel.
As acusações registam-se quando estava a terminar o último período de detenção domiciliária.
Paquistão: suspensão temporária do recolher obrigatório
As autoridades
paquistanesas suspenderam por oito horas o recolher obrigatório na região do
Vale do Swat para permitir que milhares de pessoas consigam escapar ilesas dos
combates entre o exército e os talibãs naquela zona de reduto dos rebeldes.
A fase de ofensiva de Islamadad no Swat foi lançada há cerca de uma semana, no
noroeste do país e a apenas 80 quilómetros de distância da capital, depois de
as forças regulares paquistanesas terem já feito avanços no terreno nos
distritos vizinhos de Buner e Lower Dir para onde os rebeldes tinham expandido
o seu controlo territorial nos últimos três meses.
Cerca de 15 mil membros das forças de segurança enfrentam uns estimados cinco mil combatentes islamistas na região de Swat.
Sri Lanka: Nações Unidas querem inquérito
As Nações Unidas apelaram à realização de um inquérito sobre possíveis crimes de guerra cometidos pelo governo do Sri Lanka e os rebeldes dos Tigre Tamil no conflito em curso.
O gabinete dos direitos humanos da ONU indicou que a situação humanitária piorou, e que a conduta das duas partes pode equivaler a crimes de guerra e a crimes contra a humanidade.
O porta-voz daquele gabinete manifestou preocupação sobre notícias de que os bombardeamentos do governo mataram civis, bem como informações de que os rebeldes tenham disparado contra os civis que tentavam fugir da zona de guerra.
Julgamentos recomeçam em Guantanamo
O governo do Presidente Barack Obama vai recomeçar com os julgamentos militares de suspeitos terroristas detidos na base de Guantanamo.
Contudo esses presos terão protecções jurídicas de que não dispunham durante a administração de George Bush.
Destacadas entidades oficiais americanas disseram que o novo sistema vai limitar o uso de informações ouvidas de terceiros, proibir provas obtidas através de tratamento duro, dar aos acusados mais liberdade para escolherem os seus próprios advogados e dar também mais protecção a detidos que se recusem a testemunhar.
O presidente Obama que criticou o sistema introduzido durante a presidência de Bush descrevendo-o como um falhanço, deverá pedir para um adiamento de 120 dias de casos prestes a serem levados a julgamento para permitir o reajustamento do sistema.
Obama suspendeu os julgamentos por comissões militares pouco após assumir a presidência em Janeiro mas não pôs de parte a possibilidade de os reatar. Há actualmente em Guantanamo 241 presos.