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O Problema Surgiu Em 2004


As companhias de viagens americanas estão a preparar-se para um surto no número de cubano-americanos que vão tentar visitar os seus familiares no seu país de origem, Cuba, agora que o Presidente Obama levantou várias restrições de viagens dos cubano-americanos a Ilha Caribe.

Os apoiantes da medida dizem que a mesma irá contribuir para mudanças em Cuba, enquanto os críticos afirmam que as visitas irão servir apenas para impulsionar o poder financeiro do estado cubano.

Na Agência de Viagens, em Camaguey, Amada Roque disse que muitos cubano-americanos têm estado desde há muito a espera de mudanças.

…'disse que esperava ver o numero de visitantes cubano-americanos a Cuba aumentar mais do que nunca nos últimos ano.'

Mas adiantou que ate agora muito poucos tem comparecido na bilheteira, desde que o anuncio foi feito. Um dos problemas será o facto dos cubano-americanos, como muitos outros americanos, estão a enfrentar as presentes condições económicas nos Estados Unidos.

Afirmou que viajar é luxo para muitas pessoas, mas que neste caso, existe a necessidade das pessoas terem que visitar as suas famílias.

Muitos cubano-americanos que têm famílias na Ilha dizem que para eles o problema surgiu quando em 2004 o Presidente George Bush impôs o regulamento que limitou a três anos a frequência das visitas dos cubano-americanos aos seus familiares directos em Cuba.

O porta-voz da Casa Branca, Roberts Gibbs, disse que o Presidente Obama prometera durante a campanha que iria mudar essa politica.

'Na minha opinião a melhor forma de resumir esta ideia é reiterar o que o Presidente disse o ano passado …a saber…que não são melhores embaixadores da liberdade em Cuba do que os próprios cubano-americanos.'

A Fundação Nacional Cubano-Americana, um importante grupo de cubano-americanos, sediado em Miami, acolheu da melhor forma a decisão do Presidente Obama.

Pepe Hernandez, líder do grupo, disse que o regulamento anterior estava errado.

'Um país que representa a democracia não se deve dedicar a restringir os laços familiares dos cidadãos.'

Os críticos do governo cubano afirmam que Havana impõe pesadas taxas de câmbios aos visitantes americanos, e que o aumento das suas visitas poderá apenas contribuir para o engrossamento dos cofres do estado cubano.

Em Cuba, o ex-presidente Fidel Castro, disse que a decisão da Administração Obama permitindo visitas e remessas ilimitadas a Cuba, é positiva, mas não vai muito longe. Numa outra declaração divulgada na terça-feira pela imprensa cubana, o ex-governante cubano teria afirmado ainda serem necessárias mais mudanças na política de Washington para com a nação insular.

Entretanto, outros sectores de opinião receiam que Havana poderia eventualmente reduzir as entradas no país de cubano-americanos. Mas os cubano-americanos recentemente regressados de visitas aos familiares em Cuba, afirmaram no Aeroporto de Miami, que a notícia de visitas ilimitadas ao seu país de origem está a ser bem acolhida na Ilha.

Fidel Pereira, professor primário, acaba de regressar de uma visita a sua família em Havana.

Pereira disse que as pessoas que conhece nos Estados Unidos e em Cuba, apoiam entusiasticamente a ideia, e que os cubano-americanos devem ajudar as suas famílias, se não forem eles, nenhumas outras pessoas o farão.

Mais uma vez na Agencia de Viagens Camaguey, Célia Delgado disse que planeava uma visita a Havana para o mês a fim de visitar a sua bisneta que não via há anos. Disse que agora poderá visitar a sua família tantas vezes quantas lhe apetecer:

Disse Célia Delgado que em vez de viajar para a Republica Dominicana, ou outras ilhas, para férias de fins de semana…agora irá a Cuba estar com os seus familiares…ainda que seja por alguns dias apenas.

Entretanto, no Congresso Americano alguns legisladores estão a trabalhar numa medida destinada a autorizar todos os americanos a visitarem Cuba, afirmando os seus autores que a iniciativa iria intensificar a pressão para mudanças na Ilha Caribe. Os críticos não concordam. Afirmam eles que décadas de visitas a Havana por Canadianos e Europeus não tiveram qualquer impacto em Cuba Comunista.

Na cimeira das Américas, este fim-de-semana, em Trinidad e Tobago, espera-se que os líderes latino-americanos pressionem o Presidente Obama para abrandamentos ainda maiores em relação a Cuba.

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