O vice-comandante das forças americanas no Iraque, o general Lloyd Austin, afirmou que esperava manter 130 mil soldados naquele país até ao final deste ano antes da retirada de grande parte das tropas até ao prazo limite de Agosto de 2010 fixado pelo presidente Barack Obama.
O general Lloyd Austin afirmou que não esperava mais reduções este ano para além da partida de 12 mil soldados anunciada no domingo: "acho que o contingente que temos neste momento é aquele que planeamos manter num futuro próximo. Para além disso é difícil fazer previsões. Dependerá da segurança, das tendências, se as coisas continuam a melhorar ou se irão noutra direcção. Estou no entanto confiante em que manteremos as forças actuais."
Entidades oficiais americanas têm salientado a necessidade de ajudar as forças iraquianas a garantirem a segurança durante as eleições locais e nacionais programadas para o final do ano e a melhorarem as capacidades do exército e da polícia iraquianas.
O presidente Obama afirmou que as forças americanas deixarão de participar em operações de combate de rotina a partir de Agosto do próximo ano. Passarão em vez disso a treinar unidades iraquianas, a garantir vigilância aérea e a proteger tropas e civis americanos. Aquele força residual de 35 a 50 mil soldados levará igualmente a cabo se necessário operações anti-terroristas.
O general Austin deixou contudo em aberto a possibilidade da alteração do calendário caso a situação no terreno se deteriore. Salientou no entanto que achava que os iraquianos seriam capazes de suportar o fardo de grande parte das operações de segurança no próximo ano.
Manifestou-se igualmente confiante em que os peritos logísticos das forças americanas sejam capazes de retirar 100 mil soldados e o seu equipamento do Iraque em 8 meses no ano que vem, um ritmo mais rápido do que o anteriormente previsto.
A força residual americana deverá manter-se no Iraque durante pouco mais de um ano e retirar-se do país até ao final de 2010 nos termos do acordo entre os Estados Unidos e o Iraque. O general Austin, que está prestes a terminar a sua comissão de serviço no Iraque declarou ainda que achava que o país está prestes a conseguir uma segurança sustentável. Acrescentou contudo que a segurança a longo-prazo no país terá que ser providenciada pelas forças iraquianas.
