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Angola: Poucas Trabalhadoras de Sexo Sabem Usar Preservativo


Benguela, Angola - Um estudo sobre indicadores comportamentais de trabalhadores sexo na capital Angola, Luanda, revela que 84% de raparigas afirma ter exigido ao seu cliente o uso do de preservativo, mas apenas 30% demonstrou ter utilizado correctamente a camisinha.

O documento de linha de base da associação cívica "Acção Humana" - a que a Voz da América teve acesso - diz que cada mulher recebia por média 7 clientes por semana e recomenda o uso correcto do preservativo como um dos métodos mais seguros para este grupo de mulheres.

A organização que nota falhas na forma de transmissão do conhecimento, considera imperiosa a instrução em pormenores básicos da utilização devida do preservativo direccionada a estas mulheres, acrescentando que a acção se torna muito mais importante e urgente, olhando para percentagem de clientes que rejeitam o uso de preservativo, e que atinge 80%

O sexo vaginal desprotegido é apontado como a principal via de transmissão do VIH-Sida, com 86% dos casos, seguindo-se a partilha de material perfurante 82%, a transfusão de sangue 79% e sexo oral desprotegido 50%. Contudo, a chamada transmissão vertical, a contaminação de mãe para filho, foi pouco mencionada.

Com o objectivo de criar um quadro de informações de linha de base, capaz de ser monitorado e avaliado pelo projecto da Acção Humana, dominado Sexo Seguro, dirigida para a trabalhadoras de sexo, foram, identificados vários factores que induzem estas mulheres a práticas de sexo de risco. Entre eles, o fraco poder das mulheres em exigir o uso de preservativo ao cliente como consequência da forte pressão da miséria social pessoal a que estão submetidas; assim como o fraco nível de auto estima; a fraca confiança no seu lugar de controlo em relação à contaminação pelo VIH e a fraca frequência aos centros de aconselhamento e testagem de VIH.

Duma forma geral todas as respondentes alegam terem ouvido falar de do Sida. A televisão é apresentada na pesquisa como a principal via de conhecimento sobre a epidemia com 64% .

As campanhas educativas, através de activistas, educadores de pares, a rádio, os amigos e o material educo-informativo eram as outras vias de conhecimento citadas pelas mulheres trabalhadoras de sexo.

Persistem os mitos relacionados com as formas da contaminação da doença. 63 por cento citou uma ou mais alegorias que têm a ver com a convicção de que as pessoas podem contrair a doença através de beijos na boca, pelo aperto de mão e partilha do memo prato.

Oitenta e quatro (84) % de todas as inqueridas afirma viver com marido e 38% pratica uma religião, as sua idades correspondem entre 18 a 23 anos.

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