A Nigéria está relutante em enviar tropas para reforçar o contingente de paz da União Africana na Somália, face aos contínuos ataques contra aquela força.
O governo nigeriano indicara em Agosto passado que um batalhão de 850 elementos iria ser enviado para aquele país dentro de semanas. O envio tem vindo a ser constantemente adiado, e agora o Ministro dos Estrangeiros Ojo Maduekwe indicou que a Nigéria tem dúvidas sobre a presença na Somália face a atmosfera de hostilidade naquela nação.
'Na altura em fizemos a promessa, aquilo que se passava no terreno era missão de paz. A situação na Somália deteriorou-se consideravelmente. Não temos pressa para começar a receber os corpos de soldados mortos. Se formos arriscar as vidas de jovens, se formos por os nossos jovens em situações de risco, temos de analisar cuidadosamente a missão. Não será sem planeamento adequado, e não será sem logística e material adequado.'
Mais de 16 mil civis foram mortos e um milhão deslocado em dois anos de confrontos na Somália. Aquela nação do Corno de África não tem um governo nacional em funções desde 1991, quando Siad Barre foi derrubado.
A União Africana sustenta que a força de pacificação na Somália, que tem cerca de 3 três mil e 500 militares do Uganda e do Burundi necessita urgentemente de ser reforçada.
A União Africana espera colocar na Somália, um contingente de oito mil homens.
O contingente do Burundi sediado na região sul de Mogadíscio foi alvo de ataque no domingo passado, de que resultou a morte a onze soldados. Bombistas suicidas fizeram-se explodir nas proximidades do aquartelamento usado pelo contingente, tendo o movimento radical islâmica al-Shabab reivindicado a responsabilidade.
A Nigéria tem enviado contingentes para várias zonas de guerra no continente africano, incluindo Darfur no Sudão, a Libéria e a Serra Leoa.
