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EUA: Planos de Resgate Económico Envolvem Triliões de Dólares


Nos Estados Unidos a Câmara dos Representantes e o Senado chegaram a um compromisso sobre um pacote de estímulo económico de 790 mil milhões de dólares, anunciou o lider Democrata no Senado Harry Reid.

O Senado aprovou a sua versão na Terça-feira que foi Quarta-feira reconciliada com uma versão ligeiramente diferente adoptada pela Câmara dos Representantes

O plano é uma combinação de gastos governamentais e reduções fiscais e recebeu muito pouco apoio do Partido Republicano que afirma que contem demasiados gastos governamentais e poucas reduções fiscais.

Ontem o Secretario do Tesouro americano Timothy Geithner anunciou um outro plano que vista eliminar as dividas mal paradas no sistema bancário e restaurar a confiança nos mercados de credito.

O Secretário do Tesouro disse que o governo fará tudo o que for necessário para salvar o sistema bancário. Dezoito meses após o início da crise no mercado de créditos causada pelos empréstimos mal parados no sector habitacional as instituições financeiras americanas continuam em crise. Até agora a injecção de centenas de milhar de milhões de dólares nos bancos não conseguiu resolver o problema.

Geithner disse na Terça-feira que em alguns aspectos o problema deteriorou-se e o sistema financeiro está agora gravemente afectado.

"Os mercados de crédito que são essenciais para as pequenas empresas e consumidores não estão a funcionar" disse Geithner que frisou ainda que "os custos de crédito subiram grandemente para os governos estaduais e locais, para os estudantes que estão a tentar pagar a universidade e para empresas grandes e pequenas". Muitos bancos estão a reduzir os seus empréstimos e através do país estão a apertar as condições de empréstimos".

O aspecto principal do plano de Geithner é uma parceria entre o governo e o sector privado para comprar até um trilião de dólares em empréstimos mal parados que ainda estão no activo das instituições financeiras. Outro trilião de dólares poderá ser usado para fortalecer os empréstimos bancários. Geithner disse que houve uma súbita perda de confiança no sistema financeiro e que o seu plano implica a reformulação do sistema mas advertiu que o programa vai "vai custar dinheiro, acarretar riscos e vai levar tempo".

"Mas não importa qual seja o seu custo todos nós sabemos que o custo de um colapso total do nosso sistema financeiros seria incalculável para as famílias, as empresas e para o nosso país" acrescentou.

A bolsa de Nova Yorque não reagiu favoravelmente ao plano de Geithner e ontem os valores da bolsa registaram uma descida abrupta. Analistas queixaram-se da falta de medidas específicas nos planos anunciados pelo secretário do tesouro.

Outros analistas disseram que o plano de Geithner representa um compromisso, uma tentativa de reconciliar a irritação do público sobre os excessos cometidos pelo sistema bancário e ao mesmo tempo tentar pressionar os bancos a aumentar os empréstimos. Geithner disse por outro lado que vai procurar apoio para o seu plano e tentar coordenar medidas para se reformar o sistema financeiro mundial quando se reunir ainda esta semana com ministros das finanças do Chamado Grupo dos 7, que engloba as nações mais industrializadas do mundo.

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