O presidente dos EUA, Barack Obama, está a fazer grande pressão para que o seu pacote de estímulo económico seja aprovado, tendo dado e entender possíveis futuros contactos com o Irão. Foi durante a sua primeira conferência de imprensa, desde que assumiu a presidência.
O presidente colocou-se perante os jornalistas e o país num esforço para obter o apoio para o seu pacote de estímulo económico, agora a ser debatido ao nível do Congresso: "Enquanto for presidente, irei fazer tudo o que for possível para relançar a economia e colocar o país a trabalhar."
Obama disse que, com o sector privado enfraquecido pela recessão, o governo tem que avançar para ajudar: "Se adiarmos qualquer acção numa economia atingida com esta severidade, criamos potencialmente uma espiral negativa da qual se torna muito mais difícil sair."
Para além da situação da economia, o presidente Obama fez também referências à política externa, tendo indicado a possibilidade de contactos diplomáticos com o Irão:"A minha expectativa é que, nos próximos meses, iremos estar atentos a aberturas que possam ser criadas, onde possamos começar a sentarmo-nos à mesa, cara a cara, com aberturas diplomáticas que nos permitam fazer avançar a nossa política numa nova direcção."
Obama advertiu, porém, que tem havido décadas de desconfiança e que as coisas não poderão mudar de um dia para o outro. O presidente Obama sublinhou que o Irão continua a apoiar grupos militantes, continua em busca de armas nucleares e a fomentar a instabilidade no Médio Oriente.
Barack Obama falou também da situação no Afeganistão, sublinhando a sua preocupação pela falta de progressos na frente política, para além do Iraque. Obama anunciou que Washington está, de momento, a rever a sua política relativamente ao Afeganistão:
"Iremos necessitar de uma coordenação mais eficaz dos nossos militares com os nossos esforços diplomáticos, com os desenvolvimentos no terreno, com uma coordenação mais eficaz com os nossos aliados."
O presidente Obama sublinhou também a necessidade de evitar que terroristas no Sul da Ásia de conspirarem de novo contra os EUA. Disse ainda Obama que não se pode permitir que a Al Qaida opere livremente e que não podem haver santuários para terroristas nos Afeganistão ou na região montanhosa do vizinho Paquistão.
Barack Obama notou que o seu enviado especial para o Sul da Ásia, Richard Holbrooke, se encontra agora na região, sendo portador de uma mensagem para o governo de Islamabad de que o Paquistão está também ameaçado pelo terrorismo no seu território.