O ministro da defesa do Madagáscar demitiu-se das suas funções, na sequência da morte de 28 pessoas nas manifestações anti-governamentais do fim-de-semana. Cecile Manorohanta disse que deixou de ter condições para continuar no governo e apresentou condolências às famílias das vítimas mortais das manifestações de sábado. Mais de 200 outras pessoas foram feridas durante os protestos quando a guarda presidencial disparou contra os manifestantes.
O Presidente Marc Ravolomanana tinha anteriormente acusado a oposição de responsabilidade pelas mortes de Sábado e apelou ao regresso da calma e ordem.
O seu governo prolongou um recolher obrigatório durante a noite na capital por mais uma semana.
O líder da oposição Andry Rajoelina prometeu entretanto dar sequência às manifestações iniciadas em Janeiro último. Em declarações Domingo o líder da oposição Andry Rajoelina condenou o presidene Marc Ravolomanana e prometeu continuar a lutar até à "vitória".
Rajoelina acusa o presidente Marc Ravalomanana de autoritarismo na governação do país. Na Terça-feira o governo demitiu Rajoelina do seu posto de presidente da câmara da capital. Rajoelina rejeitou a decisão e apelou ao Tribunal Constitucional e ao parlamento para demitirem o presidente.
Entretanto chegou a Madagáscar no Sábado Haile Menkerios o enviado especial do Secretário-geral da ONU. A ONU disse que o governo de Madagáscar convidou Menkerios que se vai reunir com entidades do governo e outras partes interessadas.
Enquanto isso, a União Africana anunciou que vai enviar a Madagáscar, o seu enviado especial para a região, o ex-ministro dos negócios estrangeiros da Costa do Marfim, Amara Essy, num esforço para tentar acalmar a situação.