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EUA Prometem Acções “Mais Agressivas” Contra Piratas


Os proprietários de um navio dinamarquês capturado por piratas somalis desde Novembro revelaram que a embarcação e respectiva tripulação foram libertadas após pagamento de um resgate.

Um porta-voz da empresa dinamarquesa precisou que o resgate foi lançado de pára-quedas para os piratas, mas não especificou o montante pago.

A embarcação foi libertada um dia após o vice-almirante da marinha dos Estados Unidos, William Gortney ter anunciado que os Estados Unidos vão estar em condições de serem mais agressivos na captura de piratas ao largo das costas da Somália – e apresenta-los a julgamento.

Gortney indicou esperar ter, na próxima semana, a aprovação de um plano para capturar e deter suspeitos piratas, e entrega-los a um país da região para detenção e apresentação em tribunal.

O almirante não precisou o país, frisando que o Departamento de Estado se encontra na fase final de negociações.

"Vamos ser agressivos na perseguição dos piratas que estão envolvidos nesta actividade" disse o almirante.

O almirante Gortney sublinhou que ao abrigo do novo plano, as suas forças vão proceder a detenção de suspeitos piratas – ainda mesmo que não se encontrem a atacar um navio.

Segundo as regras actuais, os marinheiros confiscam o armamento que atiram para dentro de água que encontram em navios piratas, mas deixam os autores pois não existe um sistema para a sua detenção.

O almirante Gortney precisou que a panóplia dos piratas inclui espingardas AK- 47, lança granadas foguete e escadas para subirem para os navios.

Numa conferência de imprensa realizada na quinta feira Gortney acrescentou que as novas regras vão permitir que as operações para detenção dos piratas sejam mais eficazes.

"Temos de tornar a situação desagradável para os piratas" disse acrescentando que "Tal acontecerá quando os capturarmos e os levamos a julgamento, responsabilizando-os pelos seus actos.".

O almirante Gortney adiantou que os piratas ainda detêm o controlo de 11 navios, com 210 elementos de tripulação como reféns. Gortney comanda uma força tarefa anti pirataria autorizada pelo conselho de Segurança das Nações Unidas, mas presentemente existem apenas unidades navais norte-americanas na força, esperando que varias outras nações se juntem dentro de meses a missão.

Algumas nações como a Rússia e a China, enviaram unidades navais para ajudar a escoltar os seus navios mercantes através das águas perigosas.

Gortney acrescentou que embora não comande aquelas unidades navais, as suas forcas têm boas comunicações e coordenação com os outros navios.

Em última instancia, sublinhou contudo o almirante William Gortney, a pirataria tem de ser resolvida no interior da Somália.

A pirataria existe porque "não existe primado da lei, não existe um sistema de governação, não existe estabilidade económica, não existe sistema judicial que responsabilize os criminosos pelos seus actos"

O almirante Gortney elogiou as iniciativas das Nações Unidas, incluindo o encontro da passada quarta feira, em que os representantes de 24 países debateram formas de combater a pirataria.

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