O presidente da Comissão Nacional de
Eleições (CNE) de Moçambique afirmou que as eleições autárquicas desta
quarta-feira, 19 de Novembro, decorreram normalmente, sem registo
de qualquer incidente nas 3.125 mesas de voto colocadas nos 43 municípios.
João Leopoldo da Costa não se mostrou por outro lado surpreendido com
elevada afluência às urnas, considerando que esta atitude reflecte a maior
consciência de voto por parte dos eleitores.
Em quase todo o país, registou-se uma
afluência considerável de eleitores às urnas, situação que contraria os
receios iniciais de uma fraca adesão dos eleitores, receios esses alimentados
pelo pouco entusiasmo durante a campanha eleitoral.
Recorde-se que nas segundas eleições autárquicas em Moçambique, em 2003,
votaram 28 por cento dos eleitores.
Em 1998, quando os moçambicanos elegeram pela primeira vez os órgãos
municipais, a taxa de participação foi de apenas 15 por cento, numa votação
boicotada pelo principal partido da oposição, a RENAMO.
Após exercer hoje o seu direito de voto, o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama,
felicitou a CNE pela organização das eleições autárquicas. A CNE indicou que
mais de mil observadores nacionais e 86 estrangeiros, incluindo da União
Europeia (UE) e Estados Unidos, fiscalizaram as eleições autárquicas de hoje.
Ouça os pormenores na crónica do nosso
correspondente em Maputo, Simião Pongoane.