A lenda da música sul-africana e activista anti-apartheid, Miriam Makeba, faleceu hoje, segunda-feira, num hospital em Itália. Tinha 76 anos de idade.
Makeba era popular dentro e fora do seu país, tendo-se tornado popular em todo o mundo num documentário de 1959 ”Regressa, África.” Depois disso foi forçada ao exílio e só teve permissão de regressar em 1990, depois da libertação de Nelson Mandela.
Em 1963, apelou ao boicote internacional contra a África do Sul, quando depôs nas Nações Unidas. O governo sul-africano respondeu proibindo os seus discos, como o famoso “Pata,Pata.”
Makeba, conhecida pelos admiradores como ”Mamã África” estava em Itália para participar num concerto contra o crime organizado.
Nos anos 60-70, Miriam Makeba vivia na Guiné-Conacri, onde desenvolveu relações estreitas com o PAIGC, que a partir dali combatia o regime colonial português. A cantora chegou a considerar fixar residência na Guiné-Bissau. Ouça a conversa que o antigo presidente guineense Luís Cabral manteve com o Nelson Herbert sobre Miriam Makeba.