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Zâmbia: Oposição Não Aceita Derrota


Rupiah Banda foi empossado no cargo de presidente da Zâmbia, afirmando na tomada de posse que a sua administração vai continuar a política de acolhimento dos investidores estrangeiros, assim como da luta contra a corrupção, acentuando, ao mesmo tempo, que o foco principal da sua política será a luta contra a pobreza: "Percorremos um longo caminho nos últimos sete anos. Fica ainda muito por fazer. Um elevado número de zambianos encontra-se ainda muito atrás na corrida sem aproveitarem da prosperidade da economia zambiana.”

O novo líder zambiano exortou igualmente a oposição a abandonar as contendas mesquinhas que surgiram durante a breve mas intensa campanha eleitoral. Banda disse que não era seu propósito governar uma nação dividida.

Rupiah Banda tomou posse duas horas depois da Comissão Eleitoral ter declarado a sua vitória nas eleições presidenciais por 40 por cento dos votos. O candidato da oposição, Michael Sata recebeu 38 por cento, tendo os demais concorrentes dividido entre si o resto dos votos.

Todavia, a contagem dos resultados iniciais, no princípio da manhã da sexta-feira, dava a dianteira ao candidato principal da oposição, Michael Sata, nas zonas urbanas e mineiras da Zâmbia, baluartes principais da oposição. Porém, Banda ultrapassou Sata no princípio da manhã do sábado, quando foram anunciados os das áreas rurais onde Banda goza do seu maior apoio.

O porta-voz do Partido da Frente Patriótica, de Sata, Given Lubinda, disse que o seu partido exige uma nova contagem devido ao facto de terem provas da falsificação dos resultados da votação.

”Nós não aceitamos nem iremos aceitar os resultados da eleição que estão a ser anunciados pela Comissão Eleitoral.”

Disse o porta-voz que o grupo oposicionista iria interpor recursos legais nos tribunais zambianos sobre o assunto.

Mas observadores da Comunidade para o Desenvolvimento Económico da África Austral, SADC, declararam a eleição transparente e livre. Leshele Thoahlane, do Instituto Eleitoral da África Austral, concorda.” Nas secções de voto que visitámos, as pessoas votavam livre e pacificamente. Não detectámos nenhum acto de violência ou intimidação.”

As eleições zambianas foram convocadas no rescaldo do falecimento em Agosto passado, do Presidente Levy Mwanawasa, vítima de trombose.

Banda prometeu durante a campanha que iria continuar as políticas de Mwanawasa de luta contra a corrupção e de abertura ao mundo de negócios, enquanto que Sata advogava a necessidade de mudanças.

A afluência foi de menos de 50 por cento do eleitorado. Para os observadores a fraca afluência poderá terá sido talvez devido ao facto do vencedor ter que completar apenas os dois anos do mandato do falecido do presidente.

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