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Uganda: Agenda para Conselho de Segurança


No Conselho de Segurança das Nações Unidas o Uganda vai ocupar o assento previamente da Africa do Sul.

A nomeação que terá lugar no dia 1 do próximo mês de Janeiro, irá cobrir um mandato de dois anos.

Sendo o único candidato para o posto, reservado aos países africanos,o Uganda tem virtualmente assegurada a posição.

Os diplomatas ugandeses têm sugerido que Campala irá usar a sua posição no Conselho de Segurança como uma oportunidade para pressionar ainda mais aquela instância mundial relativamente ao problema dos rebeldes do Exército da Resistência do Senhor no país.

O governo ugandês e os rebeldes têm mantido conversações de paz nos últimos dois anos.

Os negociadores alcançaram um acordo no princípio do ano. Mas o líder rebelde, Joseph Kony, recusou assinar o pacto, enquanto o governo ugandês tem manifestado uma constante frustração com o processo da paz.

Nos últimos anos, o grupo rebelde actua em grande parte a partir das suas bases na República Democrática do Congo e sul do Sudão. O governo ugandês encetou conversações com aqueles governos sobre a possibilidade de lançarem operações militares conjuntas contra a insurreição rebelde.

Uma vez no Conselho de Segurança, Campala poderá insistir no sentido daquele órgão internacional expandir os mandatos da MONUC, a missão de paz das Nações Unidas no Congo, e da UNMIS, missão das Nações Unidas no Sul do Sudão, no sentido de se empenharem no combate ao Exército de Resistência do Senhor.

Xavier Ejoyi, pesquisador do Instituto para Estudos de Segurança em Nairobi, disse que a continuação das actividades rebeldes e a intensificação da luta a leste da República Democrática do Congo, irão, certamente, forçar o Uganda a considerar a região lacustrina como sendo prioridade principal no Conselho de Segurança, dado o facto de se tratar de países muito interligados.

Joseph Kony e os seus colaboradores mais próximos estão a ser igualmente procurados pelo Tribunal Internacional Criminal que indiciou o seu líder Kony por ter recusado assinar o pacto de paz na região.

Xavier Ejoyi afirma que o Uganda deve exortar o Conselho de Segurança a revogar a ordem de prisão contra Kony, o que o Uganda está também disposto a fazer, como incentivo para um futuro clima de paz na região.

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