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Dia Mundial da Alimentação


A fome e a pobreza são duas faces da mesma moeda. De facto, à medida que os preços dos alimentos aumentam, mais pessoas são empurradas para a pobreza através de todo o Mundo.

O Dia Mundial da Alimentação que hoje ( 16 Outubro) se assinala é mais uma oportunidade para relembrar essa realidade.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura foi fundada faz hoje precisamente 68 anos. E desde 1981 que o dia é comemorado como o Dia Mundial da Alimentação.

A comissão nacional dos Estados Unidos para o Dia Mundial da Alimentação é constituída por 450 organizações não-governamentais que trabalham em questões relacionadas com a fome.

Patricia Young, coordenadora nacional daquela comissão, afirma que durante um quarto de século a coligação tem trabalhado no sentido de alertar os americanos para o problema tanto aqui nos Estados Unidos como no resto do Mundo.

”Fazemos programas de rádio para universidades e companhias de transmissão de programas por cabo. Dispomos de programação para crianças até aos 12 anos de idade. Para além disso organizamos simpósios, angariação de fundos e bens alimentares e outras actividades.”

A fome, afirma Young, é a resultante imediata da pobreza na qual vários factores sociais e económicos desempenham um importante papel.

” Sempre existiu um fôsso entre os ricos e os pobres tanto nos Estados Unidos como no resto do planeta. Esse fôsso parece estar a alargar e o que está a acontecer actualmente à economia está a afectar não apenas os pobres mas também toda a sociedade.”

A ”World Hunger Year” é uma organziação que responde a carências alimentares de emergência no seio dos americanos das camadas mais pobres.

O presidente daquela organização Tim Ogborn afirma que a mesma tem vindo a trabalhar com vários grupos locais e com organizações não-governamentais internacionais para fazer frente aos problemas que consideram estar na origem da fome.

Por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, Ogborn afirma que a sua organização e os seus parceiros estão a organizar um apelo para pôr termo à crise alimentar mundial.

” Este apelo prevê que os preços sejam estabilizados para os fazendeiros e para os consumidores ao nível global. Propõe igualmente a criação de reservas alimentares estratégicas e o re-equilíbrio do poder nos sistemas alimentar de modo a reduzir a influência politica das grandes companhias de produção agricola.”

Ogborn afirma ainda que este apelo chama também a atenção para a importância de uma agricultura não degradante do meio-ambiente.

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