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Novo Governo Angolano é um «GURN Mitigado»


Uma espécie de Governo de Unidade e Reconciliação Nacional mitigado écomo pode ser visto o novo executivo, cuja lista dos integrantes osServiços de Apoio ao Presidente da República fizeram sair ao princípiodesta tarde.O sinal mais claro que pode servir de substracto a esta apreciação é ofacto do líder do Fórum Cabindês para o Diálogo, Bento Bembe, semanter no Governo como ministro sem pasta que agora passa a ter acompanhia de Francisca do Espírito Santo indicada igualmente para ocargo de ministra sem pasta.Nos meios políticos está a ser entendida esta cartada de Eduardo dosSantos como uma estratégia para esbater o descaso para com a situaçãode Cabinda feita passar pelos sectores mais radicais identificados como sentimento independentista da população local.Numa outra análise, isto está a ser encarado como o entendido de queefectivamente a situação no terreno inspira cuidados havendo anecessidade de se apostar no processo de reconcliação naquela parcelado território que regista uma vivência atípica.Assente, basicamente, numa renovação na continuidade o novo Governo aser empossado nos próximos tempos mantém figuras como Kundi Paihama,Virgílio de Fontes Pereira, Pitra Neto, Roberto Leal Monteiro«Ngongo», João Baptista Kussumua, Joaquim David, Ana Dias Lourenço,Burity da Silva, Manuel Rabelais, Adão do Nascimento, Augusto Tomás,Higino Carneiro, Sita José, Pedro Van-Dúnem, Afonso Canga e SalomãoXirimbimbi como titulares das pastas respectivas da Defesa,Administração do Território, emprego e Segurança Social,, Interior,Assistência e Reinserção Social, Indústria, Planeamento, Educação,Comunicação Social, Secretaria de Estado do Ensino Superior,Transportes, Obras Públicas, Urbanismo, Antigos Combatentes eVeteranos de Guerra, Agricultura e das Pescas.Além do desmembramento dos pelouros da Agricultura, do Urbanismo quepassa a contar agora com a Habitação ao invés do Ambiente e darenovação das Telecomunicações que perde os Correios e ganha asTecnologias de Informação. O novo elenco vai contar com o regresso doMinistério da Economia que terá como titular o economista Manuel NunesJúnior, o secretário para a política económica e social do MPLA.Alterações foram notadas, entretanto, nas pastas das RelaçõesExteriores e Justiça que passam a ser ocupadas por Assunção dos Anjos,até aqui embaixador em Portugal, e Guilhermina Prata que já foiadjunta de Manuel Aragão.Para o Ministério da Energia foi catapultada a antiga directora doGabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza(GAMEK), engenheira EmanuelaVieira Lopes, enquanto que Idalina Valente assume o do Comércio,Genoveva Lino o da Família e Promoção da Mulher em substituição deCândida Celeste que vai ao parlamento ocupar assento como deputada.A componente de desenvolvimento rural agregada ao Ministério daArgicultura foi autonomizada e convertida em Secretaria de Estado queterá à cabeça a antiga vice-ministra daquele pelouro Filomena Delgado.Maria Candida Teixeira ocupar-se-á da Ciência e Tecnologia. OMinistério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação terá comoresponsável o também «estreante» José Carvalho da Rocha.Fátima Jardim regressa ao Governo para se ocupar do outra vezautonomizado Ministério do Ambiente e a antiga directora do ArquivoHistórico Nacional, Rosa Cruz e Silva, vai dirigir o Ministério daCultura, em substituição de Boaventura Cardoso. Pedro Mutindi deixa,depois de mais de vinte anos ininterruptos, o governo do Cunene eassume o Ministério da Hotelaria e Turismo.Um outro destaque desta indicação é a ascenção aos cargos de ministrosde José Van-Dúnem que é agora o titular efectivo da Saúde, deGonçalves Muandumba a ministro da Juventude e Desportos, que rendeMarcos Barrica estando este de volta ao parlamento e de Severin deMorais, um dos mais antigos vice-ministros, que está à frente doMinistério das Finanças em substituição de José Pedro de Morais.Botelho de Vasconcelos migra da Energia e Águas para os Petróleos ondejá esteve como titular e Mankenda Ambroise foi promovido a ministro daGeologia e Minas.O novo executivo tem 31 ministérios, duas Secretarias de Estado e doisministros sem pasta, ressaltando-se a não indicação de qualquer pessoapara a Secretaria de Estado para o Sector Empresarial Público deixadovago por Augusto Tomás quando foi nomeado para o pelouro dosTransportes.Dez mulheres estão representadas no Governo que representa uma marcamuito próxima dos 30 por cento como preconiza a SADC e foi prometidapelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, durante acampanha eleitoral, em seguimento do que aconteceu com o parlamento,onde o seu partido superou a cifra dos 30 por cento.


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