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ONU: Cresce Investimento Global


Um estudo das Nações Unidas sobre os investimentos no mundo, considera que a actual crise financeira americana e as depressões dos mercados estão a levar muitas companhias a serem mais cautelosas em relação aos investimentos no estrangeiro.

O relatório, que foi hoje divulgado em todo o mundo, mostra que os investimentos directos estrangeiros nos países em desenvolvimento atingiram no ano passado um crescimento recorde de 33% com num total de 1,25 mil milhões de dólares.

Este ano as previsões são menos optimistas por causa da crise de hipotecas de alto risco nos Estados Unidos, e da convulsão do sector bancário.

Premila Nazareth – uma das redactores deste relatório - diz que em 2008 houve uma queda em 10 por cento no montante global de investimentos.

“A crise das hipotecas do alto risco não tem afectado profundamente os fluxos de investimentos directos estrangeiros ao longo deste ano, mas vai ter repercussões no próximo ano... não de forma dramática, mas vai registar-se uma redução.”

O relatório considera que a maioria das companhias tem planos de reforçar os investimentos no estrangeiro, nos próximos três anos, mas a um nível moderado.

O economista Partha Mukhopadhyay do Centro Indiano de Pesquisas Políticas, diz que as falências resultantes das crises financeiras, estão em relação com o grande e maciço investimento de biliões de dólares em países em desenvolvimento. Diz, no entanto que muitas companhias estão aptas a reorientar esses mesmos investimentos.

O relatório nota que os factores mais importantes para a localização de investimentos pelas grandes companhias são o crescimento do mercado local, e a dimensão e o acesso aos mercados regionais.

O estudo anual das Nações Unidas considera a China, Índia, Estados Unidos, a Federação Russa e o Brasil como os países mais atractivos para investimentos directos estrangeiros nos próximos tempos.

Os novos países que acabam de entrar no grupo dos 15 mais competitivos nesta matéria são a África do Sul, o Canadá e a Turquia.

Os Estados Unidos continuam como o principal receptor de investimentos directos estrangeiros, em resultado da depreciação do dólar. Do mesmo modo que são os primeiros com um maior leque de investidores estrangeiros, seguido do Reino Unido, da França, Alemanha e Espanha.

Quanto aos países em desenvolvimento e economias em transição, o relatório aponta a China e a Federação Russa como as principais fontes de investimentos directos estrangeiros.

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