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Republicanos Definem Obama como Socialista Radical


Três pessoas ocuparam o centro das atenções na Convenção Nacional do Partido Republicano realizada na cidade de Saint Paul, Estado de Minnesota, nos Estados Unidos: o candidato presidencial do Partido, Senador John McCain, a candidata a vice-presidente, Sarah Palin, e o adversário democrata de McCain, Barak Obama.

O ex-deputado republicano Tom Delay explica as razões que motivaram os ataques a Obama durante a Convenção:

"Cabe a McCain mostrar o que Obama é de facto: um socialista radical. Se fizer isso, terá maior oportunidade de ganhar as eleições".

Os oradores da Convenção criticaram Obama, de 47 anos de idade, a servir o seu primeiro mandato como Senador por Illinois. Os republicanos acreditam que Obama tem falta de experiência, em comparação com McCain, que está no Congresso desde 1982. Também pintaram Obama como um dos democratas mais liberais no Senado.

Os republicanos esperam que comentaristas conservadores de rádio, como Mike Gallagher, continuem a transmitir mensagens de enérgica condenação a Obama.

E Gallagher não está com meias palavras. Segundo ele, os Estados Unidos ficarão em situação lastimável se o democrata for eleito presidente. É importante, a seu ver, que os republicanos apontem o risco de uma vitória de Obama, e ao mesmo tempo destaquem o conservadorismo de McCain e o que ele já fez pelo país.

Alguns democratas compareceram à convenção republicana, entre eles o presidente do conselho municipal de Minneapolis, R.T. Rybak. Rybak disse que não ficou assustado por causa dos ataques dos republicanos a Obama. Aquilo que os republicanos sabem fazer é atacar – comentou acrescentando - ao invés de inspirarem o país. Seja como for, concluíu, Obama vai vencer as eleições.

Analistas políticos acham que faz sentido a estratégia dos republicanos que coloca Obama como o centro dos ataques.

Norman Ornstein, um especialista que faz parte do American Enterprise Institute em Washington, diz: "Esta é uma eleição em que o povo quer mudanças, e existe a tendência de identificar o Democrata como sendo o partido da mudança. Mas Barak Obama, tal como Ronald Reagan em 1980, tem ainda de superar a batalha da credibilidade e convencer a maioria do povo de que tem condições de ser presidente".

Outro especialista, Stuart Rothenberg, afirma que a próxima fase crucial da campanha eleitoral será quando os candidatos se envolveram em debates pela televisão: "No momento, a disputa eleitoral está acirrada e sem uma definição clara. Tudo indica que o resultado vai depender de seis ou sete Estados, independentemente do voto popular. Ohio, Colorado, Virgínia, Michigan e alguns outros Estados serão factores de grande peso. Qualquer tropeço nesta hora decisiva em que o mundo inteiro está atento poderá ter um enorme impacto".

Estão previstos três debates presidenciais (26 de Setembro, 7 e 15 de Outubro) e um entre os candidatos à vice-presidência (2 de Outubro).

Ouça mais sobre a campanha em "América Até Novembro" todas as quartas-feiras na emissão vespertina da Voz da América.

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