O Presidente George Bush anunciou que oito mil soldados americanos vão deixar o Iraque em Fevereiro do ano que vem, incluindo um batalhão de fuzileiros navais estacionado na província de Anbar, uma brigada do exército, e mais de três mil membros da Força Aérea, além de engenheiros de construção e policiais militares.
"Eis o ponto essencial: embora o inimigo no Iraque ainda continue a ser perigoso, estamos na ofensiva, e por sua vez as forças iraquianas estão a tornar-se cada vez mais capazes de liderar os combates e vencê-los. O resultado é que temos podido executar uma política de aproveitar o sucesso, isto é, reduzir o número das forças de combate americanas na medida em que as condições no terreno melhoram".
O presidente disse aos comandantes militares, reunidos na Universidade da Defesa em Washington, que se o progresso continuar, o comandante-chefe dos Estados Unidos no Iraque, general David Petraeus, acredita que seja possível efectuar novas reduções na primeira metade do próximo ano.
Bush declarou que parece haver actualmente um certo grau de durabilidade nos ganhos no sector de segurança no Iraque e atribui isso à sua decisão de enviar reforços no ano passado.
As cinco brigadas do Exército, a Unidade Expedicionária dos Fuzileiros Navais e os dois batalhões dos Fuzileiros que fizeram parte do referido reforço já regressaram aos Estados Unidos. Depois da retirada dos oito mil militares em Fevereiro de 2009, permanecerá no Iraque um contingente ligeiramente superior ao que existia antes do envio do reforço.
O presidente vai também despachar mais tropas para o Afeganistão, onde, segundo explicou, os talebãs têm conseguido algum progresso em abalar a confiança do povo.
"O sucesso no Afeganistão é fundamental para a segurança da América e nossos aliados no mundo livre. E por mais que tenhamos feito de bom naquele país, está claro que precisamos fazer mais. Conforme aprendemos com a lição do Iraque, o melhor meio de restaurar a confiança do povo é restabelecer a segurança básica - e essa tarefa requer mais tropas"frizou o presidente Bush.
Em novembro, um batalhão dos Fuzileiros que deveria seguir para o Iraque será posicionado, em vez disso, no Afeganistão. O presidente anunciou que em Janeiro será enviada uma brigada do Exército.
Além do envio de mais tropas para o Afeganistão, Bush disse que os Estados Unidos devem também ajudar o Paquistão a derrotar os talebãs e a Al Quaeda que estão a usar a região fronteiriça para desestabilizar tanto o Afeganistão quanto o Paquistão.
"É do maior interesse do Paquistão derrotar esses extremistas e terroristas. Eles representam uma ameaça mortal para o futuro do Paquistão como uma nação livre e democrática. Derrotar esses terroristas e extremistas, notou Bush, é também da responsabilidade do Paquistão - porque cada nação tem a obrigação de controlar o seu próprio território e garantir que ele não se torna um abrigo seguro para o terrorismo ".
O presidente informou que telefonou hoje ao novo presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, a fim de lhe oferecer o total apoio dos Estados Unidos na luta do novo governo contra os extremistas.