O serviço de
segurança israelita informou ter detido seis pessoas suspeitas de ligações à
al-Qaida, incluindo um que alegadamente se informou sobre a possibilidade de
derrubar um helicóptero que transportava o presidente Bush.
Dos seis homens
detidos pelo Shin Bet, dois são árabes israelitas e os restantes quatro,
palestinianos residentes em Jerusalém Oriental, possuidores de Bilhetes de
Identidade israelitas.
O Shin Bet
informou que um dos árabes israelitas era um estudante da Universidade Hebraica
em Jerusalém e o seu quarto do dormitório tinha vista para o local de aterragem
do helicóptero usado pelo presidente Bush numa viagem no principio deste ano.
O Shin Bet disse
que o estudante tirou fotografias da área da aterragem e alegadamente contactou
uma página da al-Qaida na Internet sobre o eventual abate do helicóptero.
O envolvimento de
cidadãos árabes e residentes de Israel esta a causar preocupação porque, ao
contrario dos palestinianos, eles tem liberdade de movimento por todo o país.
O analista
palestiniano Wadia Abu Nasser afirmou que o problema é que os árabes em Israel
se sentem como cidadãos de segunda classe.
"Penso que,
infelizmente, as pessoas estão a perder esperança e, por isso, a radicalização
está a crescer."
Mas Abu Nasser
acrescentou que 99 por cento dos árabes israelitas não estão envolvidos no
terrorismo.
"Os cidadãos
árabes de Israel tem provado serem leais ao país e cumprem a lei, apesar de,
algumas vezes, a lei ser discriminatória."
Dois árabes
israelitas foram detidos no principio deste mês e acusados de pertencerem a
al-Qaida. E houve também seis ataques nacionalistícamente motivados, levados a
cabo por residentes árabes de Jerusalém, um desenvolvimento que está a causar
preocupação da parte dos judeus israelitas.