Durante as próximas seis semanas, a corrida dos candidatos à nomeação para a presidência pelo Partido Democrático, os senadores Barak Obama e Hillary Clinton irão focar toda a sua atenção no Estado da Pensilvânia. Aquele Estado do Nordeste americano é palco das eleições primárias de 22 de Abril, consideradas decisivas para ambos os candidatos.
Barak Obama continua a liderar com o maior número de delegados que, no Congresso dos Democratas, vão decidir que será o seu candidato à Casa Branca. Mas, as vitórias de Hillary nos Estados do Texas e do Ohio deram-lhe um novo folego político.
Clinton conseguiu levantar, com algum sucesso, algumas questões relativamente ao facto de Obama estar ou não pronto para ser comandante chefe das FA e é provável que Hillary continue nessa linha de ataques nas próximas semanas.
Diz Hilllary que “ o senador McCain trará toda uma vida de experiência à campanha e que o senador Obama trará um discurso que fez em 2002. Penso que esta é uma diferença significativa”.
Sondagens à opinião pública dão a Hillary Clinton vantagem nas próximas eleições na Pensilvânia, muito embora, mais recentemente, se esteja a notar que o senador Obama esteja a reduzir aquela vantagem.
A Pensilvânia tem um perfil demográfico idêntico ao do Estado do Ohio, com um grande número de pessoas da classe trabalhadora branca e de mulheres, um sector que tende a apoiar a senadora Clinton, ao contrário do que acontece noutros Estados.
Clinton espera colocar mais questões sobre a experiência política de Obama, muito embora ele lidere no número de delegados eleitos, no número de votos e no número de Estados ganhos.
Recentemente, Obama respondeu às acusações de inexperiência feitas por Hillary e continua a sublinhar o facto de esta ter apoiado a guerra no Iraque no seu início, ao contrário da oposição demonstrada por si próprio: “ Creio que ofereço uma mudança clara relativamente às políticas de George Bush, porque a senadora apoiou George Bush na guerra no Iraque. A senadora Clinton apoiou George Bush na sua vontade de ouvir o tinir dos sabres quando se tratou do Irão.”
Obama irá passar a pressionar os chamados super-delegados, que são elementos da hierarquia do Partido Democrático e que têm direito a voto na Convenção que irá eleger o candidato do partido à Casa Branca. São antigos presidentes, vice-presidentes, membros do Congresso e líderes partidários regionais. Os votos dos super-delegados é independente dos votos entrados nas urnas e Hillary tem, até agora, uma vantagem nesse sector.
De acordo com as sondagens à opinião pública, a nível nacional, sugerem que Obama será um candidato mais forte frente ao republicano John McCain do que Hillary.
Os democratas não têm muito tempo para unificarem o partido depois da convenção marcada para fins do mês de Agosto. Em contraste, o candidato pelo Partido Republicano, John McCain, já começou a preparar-se para as eleições presidenciais de Novembro, após a convenção do seu partido, marcada para a primeira semana de Setembro.