Na corrida presidencial Americana, os democratas estão a preparar-se para uma longa batalha destinada a seleccionar o candidato do partido para as eleições à Casa Branca. No campo republicano, o senador John McCain reivindicou ser o líder da corrida, um dia depois da Super-Terça-Feira.
No dia seguinte às eleições primárias disputadas, simultaneamente, em 24 Estados, a corrida entre os democratas Hillary Clinton e Barak Obama resultou num empate virtual.
Obama ganhou mais Estados, mas Hillary ganhou Estados maiores, como foi o caso da Califórnia, Nova Iorque e Nova Jérsia. Ambos os candidatos afirmam estarem agora preparados para uma longa batalha para a nomeação.
Obama falou, ontem, durante uma conferência de imprensa, que teve lugar em Chicago: “Hillary tem um nome que é conhecido e muito apreciado. Tem à sua disposição uma máquina política com mais de duas décadas de experiência e, na minha perspectiva, isto faz dela a candidata da frente em qualquer eleição. Mas, nós verificámos que há uma grande sede de mudança neste país.”
Por seu lado, Clinton disse a apoiantes seus, em Nova Iorque, que ela é a candidata com a experiência necessária para enfrentar uma economia americana enfraquecida: “Isto não tem nada a ver com quem vai à frente ou atrás. Isto tem a ver com as nossas vidas, as vidas das nossas famílias e com o nosso futuro”.
Os democratas atribuem os seus delegados ao congresso eleitoral através de um sistema de representação proporcional. Isso significa que, mesmo que um candidato perca um determinado Estado, ainda assim obtém uma parte dos delegados que, no congresso, irão escolher o candidato do partido à Casa Branca.
A corrida entre os democratas transfere-se, no sábado para os Estados da Louisiana e de Washington e depois a Virgínia, Maryland e o Distrito de Columbia, na próxima terça-feira.
Se a corrida entre Hillary e Obama se mantiver renhida depois daquelas eleições, provavelmente, só se encontrará o líder da corrida em Março ou Abril, quando se realizarem eleições em Estados com grande número de delegados. Como é o caso do Texas, Ohio e Pensilvânia.
Contrariamente aos democratas, a corrida entre os republicanos produziu já um líder, o senador John McCain que ganhou vários grandes Estados, incluindo a Califórnia, Nova Iorque, Nova Jérsia e Illinois, tendo-se colocado a uma considerável distância dos outros candidatos. McCain, que tem sido acusado pelo sector mais conservador do Partido Republicano prometeu fazer as pazes com a direita do seu partido: “Vamos unir o nosso partido com base nos nossos princípios conservadores e iremos avançar par ganhar as eleições presidenciais, em Novembro.”
McCain ainda tem pela frente os desafios dos antigos governadores Mitt Romney, do Massachusetts, e Mike Huckabee, do Arkansas. Ambos prometem continuar na corrida, esperando capitalizar votos entre os conservadores descontentes com John McCain. Mas, muitos analistas políticos estão em crer que McCain irá obter o número de delegados suficientes para garantir a sua nomeação antes do Congresso Republicano, no início de Setembro.