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Apoio a Zuma Não é  Especulação


O antigo vice-presidente da África do Sul, Jacob Zuma, segue destacado a frente do presidente Thabo Mbeki na corrida para a liderança do partido governamental ANC.

Mbeki ganhou em quatro das nove secções provinciais do ANC e Zuma em cinco, mas o numero de votos individuais é que pinta o verdadeiro quadro. Zuma recebeu cerca de dois terços dos 3600 votos em disputa. Steven Friedman, professor visitante de política da Universidade de Rhodes, disse a Voz da América que as votações nos conselhos gerais provinciais do ANC mostraram, pela primeira vez, que o apoio a Zuma não é nenhuma especulação.

“Bem, é importante no sentido de que é a primeira vez que temos uma prova concreta de como os delegados do ANC podem votar numa votação secreta. E leva-nos a por de lado a especulação e noticias de que temos ouvido sobre Zuma. As votações indicam uma liderança muito significativa para Jacob Zuma”.

Assim, portanto é muito provável que Zuma seja eleito presidente do ANC na conferencia nacional do ANC no próximo mês de Dezembro, colocando-o na linha da frente para se tornar no próximo presidente da África do Sul.

Contudo, isso não é assim tão simples com se poderia pensar. O ANC tem um complicado sistema eleitoral e um numero de delegados que votaram nas conferencia provinciais não vão estar presente na conferencia nacional. Também as nomeações são autorizadas, logo que a conferencia começar.

Para além disso, membros do ANC estão receosos de que as divisões já causadas por uma amarga batalha pela supremacia se tornem irreversíveis a menos que seja alcançado um compromisso antes do votação se realizar.

Frieman afirma que o compromisso poderá ser a chamada “terceira via” – não escolhendo nem Mbeki nem Zuma, mas alguém com quem as duas partes possam conviver.

“A moeda de troca que o campo de Mbeki poderá ter nesta situação será de que Jacob Zuma poderá ainda ser acusado de corrupção. Por isso não é impossível que Mbeki e os seus apoiantes possam dizer, olhem o que realmente não queremos é eleger alguém que possa passar seis meses em tribunais”.

O candidato do ANC a presidente do partido será formalmente decidido nas próximas eleições gerais em 2009. Se Zuma for esse candidato, a grande duvida será se a procuradoria geral da republica decidir que há provas suficientes para reimpor as acusações de corrupção contra ele.

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