Resultados parciais divulgados pela comissão eleitoral da Serra Leoa apresentam o candidato da oposição, Ernest Koroma, a liderar os resultados.
Cerca de vinte por cento dos votos do sufrágio presidencial de sábado passado foram já oficialmente anunciados.
Resultados não oficiais anunciados por uma organização independente apresentam uma corrida entre a oposição e o partido no poder.
Os primeiros resultados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral mostram o candidato presidencial, Ernest Koroma, do Partido do Congresso Popular, na liderança com cerca de 200 mil votos.
Solomon Berewa, do partido no poder, o Partido Popular da Serra Leoa, com cerca de metade daqueles votos, e Charles Margai, do Movimento para Mudança Popular, em terceiro lugar.
O numero de votos contabilizados até ao momento representa cerca de 19 por cento dos sufrágios.
Os primeiros resultados não oficiais da Rede Independente de Radio, que já contou quase que o dobro dos boletins contabilizados pela Comissão Eleitoral indica que os principais candidatos se encontram apenas a escassos milhares de votos uns dos outros.
Os resultados desta organização indicam que até ao momento, a coligação no poder lidera com cerca de 315 mil votos, seguindo-se com dez mil votos a menos, o Partido Popular do Congresso.
O porta voz do candidato da coligação, que detêm a função de vice-presidente, manifestou confiança em que os resultados oficiais irão reflectir os divulgados pela rede independente.
‘Não estamos preocupados, pois as áreas que faltam são as nossas zonas de apoio.’
Berewa pertence ao grupo étnico Mende, o maior da Serra Leoa, que domina as regiões sul e leste do país, mas o seu porta voz admite a não possibilidade de uma vitoria com 55 por cento para poder evitar uma segunda volta.
A mesma fonte adianta mesmo que a campanha já está a planear a segunda volta.
‘Estamos prontos para entrar em qualquer forma aceitável de entendimento com qualquer partido que venha a surgir no terceiro lugar.’
Segundo os resultados oficiais mais recentes, Charles Margai, que se separou da coligação governamental, encontra-se em terceiro lugar com cerca de 40 mil votos.
Mesmo assim o analista David Zounemenou, dos Estudos de Segurança Internacional, sustenta que será possível.
‘O partido governamental pode chegar a um acordo de reconciliação nacional e fazer ofertas generosas ao Movimento para a Mudança Democrática.’
O analista sustenta ser, no entanto, ainda muito cedo para prever alianças.
Os sufrágios deste ano para o parlamento e para a chefia do Estado são as primeiras organizadas pelo governo da Serra Leoa desde que os capacetes azuis da ONU deixaram o país em 2005.
Os limites constitucionais de mandato impedem o presidente Tejan Kabbah de concorrer.