A administração Bush decidiu congelar os bens aqui nos Estados Unidos de pessoas suspeitas de estarem a torpedear o governo democraticamente eleito do Líbano.
O presidente Bush ordenou, ontem, ao Departamento do Tesouro que aplique novas sanções a todos os indivíduos que estejam a ameaçar o primado da lei no Líbano ou que promovam a ingerência da Síria nos assuntos internos daquele país.
O porta-voz do Departamento de Estado, Tom Casey, declarou que a acção se justifica: ”Esta decisão prende-se com o nosso desejo de fazer tudo quanto estiver ao nosso alcance para apoiar as forças da democracia no Líbano incluindo o primeiro-ministro Fuad Siniora e o seu governo.”
A decisão do presidente não especifica, contudo, quem será abrangido pelas sanções. Tom Casey afirma que será o Departamento do Tesouro a elaborar a lista. Em Junho o presidente Bush proibiu a entrada nos Estados Unidos de vários dirigentes sírios e de antigos líderes libaneses sob suspeita de colocarem uma ameaça ao governo democraticamente eleito do Líbano. Por outro lado, nas últimas semanas, a Casa Branca ordenou ao Departamento do Tesouro que congelasse os bens nos Estados Unidos de indivíduos e de entidades suspeitos de promoverem a violência e de tentarem subverter o processo político no Iraque. No caso do Iraque, as sanções aplicam-se especialmente a indivíduos e empresas do Irão. Tom Casey afirma que o objectivo é o mesmo: reduzir as ameaças a governos democráticos. Disse ele: ” Certamente que o Irão e a Síria são os principais patrocinadores dos esforços para minar o governo do Líbano e para promover as violentas milícias do Iraque.”
Os Estados Unidos têm relações diplomáticas limitadas com a Síria devido ao apoio de Damasco aos grupos militantes Hamas e Hezbolá. Quanto ao Irão, os Estados Unidos não têm laços formais com Teerão. Contudo, recentemente, o embaixador americano no Iraque encontrou-se com o seu homólogo iraniano para conversações limitadas à questão da segurança no Iraque.