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Adalberto Costa Jr: Não Há lugares Cativos nos Partidos


Quando anunciar esta quarta-feira a composição do novo secretariado do seu partido, o Presidente da UNITA ,Isaías Samakuva deverá reafirmar o que disse há uma semana à Voz da América, segundo a qual não haverá caça às bruxas.

<Caça às bruxas é algo que não vamos fazer, nem nunca fizemos.>

A verdade é que a despeito das garantias avançadas por Isaías Samakuva algumas correntes da UNITA tomam as primeiras mexidas como um sinal de desencadeamento de uma purga direccionada, sobretudo contra figuras que tendo sido lançados por Samakuva, no último congresso acabaram por dar à cara por Abel Chivukuvuku.

A composição final do Comité Político Permanente será decidida esta quarta-feira antes da conferência de imprensa que Samakuva dará ao meio da tarde, acontecendo o mesmo com o novo secretariado. Adalberto Costa Júnior secretário para a Informação diz que o se procura com argumentos sobre alegadas perseguições é desvalorizar um congresso que foi uma inovação e é um modelo.

<Nenhuma direcção é constituída por todos os membros do partido. Há sempre quem não fique na direcção. Portanto quem não entrar vir a público alegar que foi excluído me parece ser um exercício extremo que não deve ser feito>.

Adalberto da Costa Júnior admite que haja casos de várias figuras que passado pertenciam ao Comité Político Permanente, órgão principal do partido, e que desta vez apenas terão assento na Comissão Política. Marcial Dachala, é um dos casos.

<Este caso que me citou é membro da Comissão Política, e a CP é já um elemento de extrema responsabilidade. De qualquer maneira há muita gente que na altura das candidaturas, e não devíamos falar mais de candidaturas - dizia que há muita gente que nesta altura esteve com uma proposta que não a vencedora e que estão no Comité Permanente. São os casos do próprio candidato, do general Gato, do director de campanha, o Dr. Carlos Morgado, só para lhe citar alguns nomes>.

Além de Marcial Dachala ficaram de fora outras figuras sendo que algumas como Horácio Junjuvile, Adelino António e Blanche Vilongo são dadas como tendo perdido os lugares na Comissão Política. Adalberto da Costa Júnior desdramatiza as mudanças.

<Não há ninguém nos partidos que tenha lugar cativo. Portanto se em determinado momento um ou outro quadro não ocupa um ou outro cargo de responsabilidade, é normalíssimo. Vimos de um exercício extraordinário, convidámos uma série de membros inclusive de fiscalização dos actos, e até houve municípios em que os líderes não foram eleitos pelas bases. As bases não votaram neles. Também vamos falar de caça às bruxas? Devemos ficar todos maduros, e preparados para o exercício democrático>.

Se em relação a alguns notáveis o congresso não foi muito generoso, para alguns estreantes as coisas correram bem. Cláudio Silva antigo membro da FpD e que há dois anos representa a UNITA na Comissão Nacional Eleitoral faz a partir de agora faz parte da cúpula do galo negro.

<É um responsável do partido que foi indicado não apenas para a Comissão Política, mas também para o Comité Permanente>.

Adalberto da Costa Júnior disse que o X congresso da UNITA resultou também na entrada de mais mulheres e jovens para a sua direcção e no fortalecimento do papel das bases na escolha dos delegados e dos dirigentes. A Comissão Política da UNITA passa a ser constituída por 251 membros, mais 50 do que ate aqui. O Comité Político Permanente, órgão máximo entre dois congressos tem agora uma composição de 75 pessoas mais 18 do que era normal.

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