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EUA Vendem Equipamento Militar À Arábia Saudita e Estados do Golfo


Os EUA anunciaram um aumento de 25 por cento na ajuda militar anual a Israel, a par da continuação da ajuda para o sector da defesa do Egipto, enquanto tenciona vender biliões de dólares em equipamento bélico à Arábia Saudita e a outros Estados do Golfo.

O Departamento de Estado afirma que a ajuda militar a Israel nos próximos dez anos vai aumentar de dois mil e 400 milhões e meio por ano para três mil milhões de dólares. A ajuda militar ao Egipto vai manter-se nos mil e 300 milhões dólares por ano, adicionalmente ao pacote de ajuda económica que ainda está a ser negociada.

O anúncio foi feito a par da confirmação de notícias de que os EUA estão na fase final de negociações para efectuar uma grande venda de sofisticado equipamento militar à Arábia Saudita e a outros Estados do Golfo.

O Subsecretário de Estado americano Nicholas Burns não confirmou notícias postas a circular indicando vendas num total da ordem dos 20 mil milhões de dólares, mas considerou aquele número como uma estimativa plausível.

Numa conversa com jornalistas, Burns disse ainda que a venda de muitos dos sistemas de Defesa reflecte a importância que os EUA conferem a papel que aqueles países no panorama político do Médio Oriente: “Estes países são países que servem o nosso interesse na estabilidade e na criação das bases para uma paz, a longo prazo, no Médio Oriente. Sem eles esse objectivo seria uma tarefa muito difícil”.

Burns afirma que as vendas de armas não são uma nova iniciativa é, pelo contrário, a continuação do apoio americano dado em termos de segurança dado à região. Ainda assim, Burns reconheceu que as vendas estão relacionadas com dois dos principais objectivos americanos na região do Médio Oriente, nomeadamente os esforços para estabilizar o Iraque e contrariar a influência do Irão.

O Subsecretário de Estado Burns disse ainda que a questão do Iraque é a questão “número um” na agenda quando a Secretária de Estado Condoleezza Rice e o Secretário da Defesa Robert Gates visitarem, a partir desta terça-feira, a Arábia saudita, o Egipto e outros países da região: “Queremos e esperamos que haja apoio político por parte dos países árabes no sentido de ajudarem a estabilizar o Iraque. Esperamos que haja apoio económico para isso. E é obviamente necessidade de um maior apoio regional ao governo iraquiano. Isso é grande parte da nossa agenda. Mas, este pacote de ajuda faz parte de uma nossa estratégia mais alargada de que é no interesse nacional da América fortalecer os nossos parceiros na região”.

No domingo, o embaixador Americano junto da ONU, Zalmay Khalilzad, criticou a Arábia Saudita e outros países da região por não estarem a fazer o bastante para apoiar o esforço dos EUA para estabilizar o Iraque e, por vezes, actuarem mesmo contra esse esforço.

O Subsecretário Burns disse também que os Estados do Golfo têm expressado preocupação perante a crescente ameaça do terrorismo, da proliferação das armas de destruição em massa e do que designou por “fortalecimento de um Irão mais agressivo,”que apoia grupos terroristas, que quer obter armas atómicas e que quer expandir a sua influência regional. A venda de armas tem em vista fazer face a estas preocupações.

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