O embaixador americano junto das Nações Unidas, Zalmay, diz esperar que o Conselho de Segurança possa chegar, esta semana, a acordo sobre uma resolução para enviar para Darfur uma força de paz mista.
O embaixador americano junto das Nações Unidas, Zalmay Kalilzad, afirmou que a crise na província sudanesa de Darfur constitui uma prioridade para a administração Bush: ” Trata-se de uma das principais prioridades. Eu desloquei-me pessoalmente ao Sudão com membros do conselho de Segurança para demonstrar até que ponto isso é importante para nós.”
Durante quatro anos as milícias árabes pró-governamentais Janjaweed têm vindo a confrontar-se com os rebeldes negros da região de darfur. As milícias Janajaweed têm sido acusadas de aterrorizar os aldeãos e de cometerem toda a espécie de atrocidades. Mais de 200 mil pessoas morreram já em consequência deste conflito. Mais de dois milhões de outras pessoas foram desalojadas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas têm vindo a trabalhar numa resolução autorizando o envio de uma força internacional de manutenção da paz para a região de Darfur que reforçaria os 7 mil elementos da União Africana que já se encontram na região mas que têm sido incapazes de conter a violência. O plano, que o governo do Sudão já disse aceitar, colocaria 26 mil “capacetes azuis” das Nações Unidas e da União Africana na província de Darfur. Em declarações à rede de televisão americana CNN Kalilzad afirmou que os membros do Conselho de Segurança estão prestes a chegar a um consenso sobre a resolução para a questão de Darfur: ”Acho que estamos muito próximos. Espero que consigamos um acordo ainda esta semana.”
O presidente americano George W. Bush considerou os confrontos em Darfur como um genocídio. Desde Novembro passado os Estados Unidos e outros países ocidentais têm vindo a pressionar o Sudão a aceitar o envio da força internacional alargada para Darfur. Recentemente, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, criticou Cartum pelas suas práticas para tentar adiar o envio da força híbrida. Um dos principais apoiantes de Cartum é a China que tem direito de veto no Conselho de Segurança da ONU e que é o principal investidor estrangeiro no Sudão. Pequim têm-se oposto a sanções económicas mais duras mas, no início do ano, ajudou a convencer o Sudão a aceitar a presença dos “capacetes azuis”.