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Angola Faz-se Ao Conselho De Direitos Humanos Da ONU


Angola concorreu esta quinta-feira a uma das duas vagas destinadas ao continente africano no novo Conselho das Nações Unidas para os direitos Humanos, órgão que substitui a antiga Comissão para os Direitos Humanos.

Além de Angola concorrem por África, o Egipto, o Madagáscar e a África do Sul, país cuja candidatura foi tomada por alguns diplomatas angolanos, como um acto de pura concorrência regional, pois aparentemente Pretória só se fez ao lugar depois de ter tido conhecimento do interesse de Luanda.

O conselho é composto por 47 países, sendo que os lugares são distribuídos proporcionalmente por cinco regiões, a saber, África, Ásia, Europa do Leste, América Latina e Caraíbas, Europa Ocidental e uma região que engloba a América do Norte. Ao todo serão postas à disposição, 15 vagas.

Angola conseguiu garantir o endosso da maioria dos países africanos, o que em princípio é um bom começo para conseguir o número de votos suficientes para garantir o assento.

O mandato nesta comissão tem a duração de dois anos. Há dois anos Angola chegou a ponderar a corrida a este organismo da ONU, acabando a contra gosto por concorrer e conseguir um assento na Comissão de Consolidação da Paz, onde ficará até 2009.

Além da contrariedade resultante da entrada da África do Sul, país que há 4 anos abdicou a favor de Angola de uma vaga no Conselho de Segurança, os angolanos são confrontados com a oposição de grupos de pressão de questionam as suas políticas humanitárias.

A United Nations Watch, uma organização nao-governamental que se dedica a observar a actuação da ONU, bem como a Freedom House, acusaram Angola, o Qatar, o Egipto e a Bielorússia de serem regimes autoritários, com péssimos desempenhos em matéria de direitos humanos. Estas duas instituições alegam também que a decisão de se substituir há dois anos à Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos por um conselho vinculado a Assembleia-Geral visava também excluir países avessos aos direitos humanos. O novo conselho terá a sua sede em Genebra, onde sempre funcionou a antiga comissão.

Vão concorrer também, as Filipinas, a Índia e o Qatar pela Ásia, a Dinamarca, a Itália e a Holanda pela Europa Ocidental, a Bielorússia e a Eslovénia pela Europa Central, e a Nicarágua e a Bolívia pela América Latina.

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