A organização responsável pela regulamentação do comércio mundial dos diamantes revelou que o Zimbabwe e a Venezuela não cumpriram com os padrões de lapidação e comercialização dos chamados diamantes de conflitos ou de sangue.
Falando, ontem, na conferência anual da organização a decorrer em Jerusalém, o presidente do Conselho Mundial dos Diamantes, Eli Izhakoff, disse que o governo do Zimbabwe está, entretanto, a trabalhar em prol do cumprimento dessas normas. Izhakoff frisou, por outro lado, esperar que a Venezuela enverede pela mesma postura.
Os chamados “diamantes de sangue” são ilegalmente extraídos e comercializados, sem serem submetidos a um processo de certificação internacional e têm servido para financiar conflitos civis, particularmente em África.
Eli Izhakoff salientou, ainda, que o Zimbabwe e a Venezuela deveriam aderir aos padrões definidos pelo Processo de Kimberly, um sistema de monitorização que requer que os governos certifiquem, de forma voluntária, a origem dos diamantes.
Para o ministro das Minas da Namíbia, Kennedy Hamutenya, o Processo de Kimberly estimulou uma coesa unidade entre os países produtores de diamantes.
Cerca de metade dos diamantes mundialmente comercializados são provenientes da África Central, Ocidental e Austral.