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Responsáveis do Zimbabwe impedidos de viajar na União Europeia


A União Europeia prepara-se para alargar a lista de responsáveis do Zimbabwe que ficam impedidos de viajar nos países da União.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia reunidos no Luxemburgo emitiram uma declaração manifestando profunda preocupação pelo que classificaram de rápida deterioração dos direitos humanos, e da situação política e económica no Zimbabwe.

Em resultado disso, a declaração sublinha que a União vai adicionar mais nomes a lista – de mais de uma centena de indivíduos - que proíbe a emissão de vistos de viagem.

As sanções direccionadas foram impostas em 2002 contra o presidente Robert Mugabe, e membros superiores do seu governo, e do partido no poder a ZANU – PF em resposta a alegados abusos de direitos humanos.

Para alem de impedir os que constam da lista de viajar para os países da União Europeia, as sanções visaram igualmente os seus bens, estando em vigor igualmente um embargo da venda de armas ao Zimbabwe.

No inicio deste mês, mais cinco nomes foram adicionados à lista de concessão de vistos, e segundo a agencia de noticias Reuters a União Europeia pode visar responsáveis superiores da policia envolvidos na detenção e alegado assalto ao dirigente da oposição, Morgan Tsvangirai.

O governo zimbabueano enfrenta um colapso económico sem precedentes; o país detém o maior índice de inflação do mundo, elevado desemprego, e os alimentos e outros elementos essenciais escasseiam.

O governo de Mugabe responsabiliza aquilo que de sanções ilegais por parte da União Europeia e dos Estados Unidos pela situação corrente.

Ndlovu, o ministro da Informação do Zimbabwe - ‘Eles falam de sanções direccionadas; trata-se de uma cortina de fumo para dizerem que visam a proibição de viagem, ou proibição de investimento contra individualidades, mas não temos investimento de qualquer nação europeia, ou da Inglaterra ou da América. A população do Zimbabwe esta a sofrer por causa dessas sanções por que não temos acesso às divisas estrangeiras para importar bens de que necessitamos. Investimento, empresas exteriores, nações que querem negociar connosco foram instruídas para não investir no Zimbabwe, estas são as sanções a que me refiro.’

Os analistas sustentam que embora se registe uma diminuição da ajuda não humanitária e a redução do investimento estrangeiro directo, a má administração do governo do Zimbabwe constitui o principal responsável pelo colapso económico do país.

O professor Stephen Chan, da Escola de Estudos Orientais e Africanos, falou a Voz da América sobre o assunto.

‘A totalidade das nações europeias segue uma ajuda política Ética, por outras palavras visam os governos que respeitam certos critérios, por isso não é apenas o Zimbabwe onde a ajuda diminuiu. O investimento estrangeiro directo e muito simples, trata-se de uma atitude comercial; ninguém investe no Zimbabwe por que ninguém obtém dividendos do seu dinheiro. Quando existe uma inflação de dois mil por cento não interessa saber quanto dinheiro se pode repatriar, por que não vai ter lucro.’

Chan sublinha existir o consenso entre os governos europeus e africanos que apenas uma mudança política profunda por parte do governo do Zimbabwe ou uma alteração nos elementos superiores do governo pode conduzir a uma mudança na posição da União Europeia para com o Zimbabwe.

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